“Esperançar e Criar Vida”: Histórias, aprendizados e ensinamentos de Dona Flor
Dona Flor; Quilombo Moinho; Histórias de Vida; Cuidado; Chapada dos Veadeiros.
A minha proposta aqui é a de desenhar a memória de Dona Flor, através das histórias que ela me contou, ou que contou a terceiros que gentilmente as compartilharam comigo, bem como a apreender a sua prática cotidiana a partir do encontro etnográfico. Nesse sentido, construo a memória de ter convivido com Dona Flor e de quem conviveu com ela, que passa por mim de múltiplas formas e me liga a grandiosidade dessa mulher As narrativas sobre Dona Flor, que ela contou e outras pessoas contaram, assim como a experiência de ter convivido com ela e aprendido sobre práticas de cuidado são o eixo central do trabalho, raiz pivotante que atravessa o tempo, tendo como coifa1 a convivência em lugares como a casa e pessoas, como seus filhos e aprendizes, que sintetizam, alimentam e promovem sua prática e história, o passado e o presente. Dessa raiz pivotante saem ramos secundários, eixos de análise teórica que firmam-na no chão, espalhando-a, nutrindo-a com ideias que se relacionam mais na extremidade do encontro entre ela, Dona Flor, sua história e prática, e eu, antropóloga, aprendiz, mulher e aliada.