DOENÇA RENAL CRÔNICA EM GATOS – PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E PARATORMÔNIO
DRC, paratormônio, gatos
A doença renal crônica (DRC) é prevalente em gatos idosos, muitas vezes manifestando-se de maneira estável por longos períodos. Identificar parâmetros que sinalizem a evolução da DRC é crucial para um diagnóstico precoce e eficiente, melhorando assim o prognóstico dos pacientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar se existe uma relação entre o paratormônio e outros parâmetros bioquímicos em gatos doentes renais crônicos em estágios 2, 3 e 4. Foram avaliados 15 gatos adultos, sendo 12 machos e 3 femêas, divididos em três grupos: GII (n=9); GIII (n=3) e GIV (n=3). Todos os gatos passaram por anamnese e exame físico, considerando peso, escore corporal e idade e raça. Para todos os grupos avaliou-se: paratormônio, hematócrito, cálcio, fósoforo, ureia, creatinina, potássio, pressão arterial sistólica e tempo de vida após o diagnóstico. Os resultados indicaram que a PAS estava acima dos valores ideais. O escore corporal variou significativamente entre os grupos, destacando diferentes níveis de comprometimento. Os valores hematimétricos permaneceram dentro dos limites normais, enquanto o cálcio iônico variou, indicando possível comprometimento renal. O fósforo estava elevado em um grupo com DRC, e a ureia e a creatinina mostraram aumentos significativos nos grupos afetados. O paratormônio (PTH) estava elevado em um grupo com DRC. Foi evidenciada diferença estatística para a ureia entre o GII e o GIV e para a creatinina entre GII e GIV e GIII e GIV. A análise de correlação não revelou diferenças estatísticas, mas variações nos coeficientes de correlação sugeriram associações entre os diferentes parâmetros nos grupos estudados. O estudo analisou o percentual de óbitos em gatos com doença renal crônica (DRC), indicando sua relação com a gravidade da condição e a determinação da sobrevida. Os resultados revelaram que, em GII, a maioria dos óbitos ocorreu em um intervalo de 4 a 48 meses, afetando 44,44% dos animais. Em GIII, todos os gatos faleceram em um período de 16 a 65 meses após o diagnóstico da DRC. No grupo GIV, 66,67% dos gatos morreram em um intervalo de 26 a 54 meses. Em suma, o estudo proporcionou uma compreensão abrangente dos fatores envolvidos na progressão da DRC em gatos, destacando a complexidade da doença e a necessidade de uma abordagem multifacetada no diagnóstico e tratamento.