Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIANA DE SOUZA LAPA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA DE SOUZA LAPA
DATA : 16/05/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Núcleo de Medicina Tropical
TÍTULO:

Avaliação das Condições Pós-COVID em pacientes após a internação em hospital de referência de nível terciário do Distrito Federal em 2020.


PALAVRAS-CHAVES:

Condições Pós-COVID, Long  COVID, Síndrome Pós-COVID, Qualidade de Vida, Short-Form-36


PÁGINAS: 124
RESUMO:

A pandemia de COVID-19 impactou significativamente a qualidade de vida dos pacientes acometidos pela doença. Além da perda de funcionalidade decorrente da infecção aguda, as Condições Pós-COVID (CPC) agravaram esse cenário. Esta tese avaliou a prevalência de CPC, seus principais sintomas, fatores associados e a relação com a qualidade de vida. Foi realizada uma coorte prospectiva com pacientes internados no Hospital Regional da Asa Norte (Brasília, DF), entre agosto e novembro de 2020. Os participantes foram entrevistados por telefone aos 3 e 6 meses após a alta hospitalar, com aplicação de questionários sobre sintomas de CPC e do Short-Form Health Survey 36(SF-36). Utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta para estimar razões de prevalência (RP) e regressão linear para analisar as pontuações dos Componentes de Saúde Física (CSF) e Mental (CSM) do SF-36. A prevalência de CPC foi de 81% aos 3 meses e 61% aos 6 meses. Os principais sintomas em 3 meses foram queda de cabelo (44%), fadiga (42%) e perda de memória (39%); em 6 meses, perda de memória (29%) e fadiga (27%). Sexo feminino foi o principal fator associado à CPC: RP 1,28 (IC95%: 1,16–1,41) aos 3 meses e RP 1,60 (IC95%: 1,34–1,90) aos 6. Hipercolesterolemia foi associada à CPC aos 3 meses (RP: 1,15; IC95%: 1,04–1,27); aos 6, obesidade (RP: 1,22; IC95%: 1,03–1,45) e pronação (RP: 1,12; IC95%: 1,06–1,25). Menores pontuações no CSF do SF-36, aos 3 meses, estiveram associadas a sexo feminino (β: -3,0; IC95%: -4,7 a -1,3), número de comorbidades (β: -1,1; IC95%: -1,6 a -0,6) e número de sintomas de CPC (β: -1,1; IC95%: -1,4 a -0,9). Aos 6 meses, as menores pontuações no CSF estiveram associadas a sexo feminino (β: -2,5; IC95%: -4,2 a -0,8), número de sintomas de CPC (β: -2,1; IC95%: -2,3 a -1,8), número de comorbidades (β: -1,1; IC95%: -1,6 a -0,6) e idade (β: -0,1; IC95%: -0,1 a -0,0). Em ambos os períodos, maiores rendas associaram-se a melhores pontuações no CSF (3 meses: β: 0,4; IC95%: 0,1 a 0,6; 6 meses: β: 0,2; IC95%: 0,02 a 0,4).No Componente Sumário Mental (CSM), aos 3 meses, destacaram-se sexo feminino (β: -3,1; IC95%: -5,8 a -0,4) e número de sintomas de CPC (β: -1,6; IC95%: -2,0 a -1,2). Aos 6 meses, as menores pontuações no CSM estiveram associadas a sexo feminino (β: -4,2; IC95%: -6,7 a -1,8), número de sintomas de CPC (β: -2,7; IC95%: -3,2 a -2,3) e número de comorbidades (β: -0,7; IC95%: -1,4 a -0,0). Em ambos os períodos, maiores rendas também se associaram a melhores pontuações no CSM (3 meses: β: 0,6; IC95%: 0,3 a 1,0; 6 meses: β: 0,5; IC95%: 0,2 a 0,8). Conclui-se que a prevalência de sintomas persistentes de COVID-19 (CPC) foi elevada, especialmente entre as mulheres, e esteve relacionada à piora significativa na qualidade de vida tanto no componente físico quanto no componente mental.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.580.701-** - TAINA RAIOL ALENCAR - UnB
Interna - 484663 - ELISABETH CARMEN DUARTE
Externa ao Programa - 1255703 - LUCIA ROLIM SANTANA DE FREITAS - UnBExterno à Instituição - TAZIO VANNI - IGESDF
Notícia cadastrada em: 29/04/2025 11:14
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