CONTABILIDADE, PODER E SILENCIAMENTO: Externalidades invisíveis nas narrativas de sustentabilidade de usinas fotovoltaicas
Contabilidade crítica; Justiça ambiental; Energia solar; Externalidades; Análise crítica do discurso; IFRS S1/S2; Stakeholders.
A pesquisa propõe analisar como as externalidades socioterritoriais geradas por usinas fotovoltaicas no Nordeste brasileiro são silenciadas ou tornadas invisíveis nos relatórios de sustentabilidade corporativos, revelando os limites epistemológicos da contabilidade e as assimetrias de poder entre stakeholders locais. Fundamenta-se na contabilidade crítica, na teoria dos stakeholders, na análise crítica do discurso, na teoria da divulgação (com destaque para as normas IFRS S1 e S2), análise narrativa e nos princípios da justiça ambiental. A abordagem metodológica é qualitativa e interpretativa, combinando análise documental, entrevistas narrativas e observação direta junto às comunidades afetadas. Espera-se evidenciar de que modo a linguagem contábil participa da construção de narrativas de poder que moldam o que é reconhecido como “sustentável”, contribuindo para o avanço de uma contabilidade comprometida com a justiça ambiental, a equidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).