Efetividade de um Aplicativo para Dispositivos Móveis na Hemoglobina Glicada de Idosos com Diabetes Mellitus Tipo 2: um ensaio clínico randomizado
idosos; tecnologia educacional; envelhecimento saudável; mhealth; autogerenciamento; diabetes mellitus tipo 2
*Título em português: Efetividade de um Aplicativo para Dispositivos Móveis na Hemoglobina Glicada de Idosos com Diabetes Mellitus Tipo 2: um ensaio clínico randomizado *Título em inglês: Effectiveness of a Mobile Device Application on Glycated Hemoglobin in Elderly People with Type 2 Diabetes Mellitus: a Randomized Clinical Trial *Resumo em português: Introdução: Tecnologias educacionais digitais na saúde têm sido fundamentais para promover a aprendizagem, o autocuidado, a autoestima e a segurança em ações de prevenção e promoção da saúde, especialmente para pacientes com doenças não transmissíveis, como o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM 2). Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a efetividade do aplicativo para dispositivos móveis em relação à cartilha educativa na redução da Hemoglobina Glicada de idosos com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM 2) na Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado em que participaram trinta e duas pessoas idosas, acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, randomizados em dois grupos: um grupo controle, que recebeu uma cartilha educativa sobre o autogerenciamento do diabetes, e um grupo intervenção, que utilizou um aplicativo para dispositivos móveis sobre o mesmo tema. O experimento durou 3 meses, com pré-teste e pósteste. O desfecho primário foi a efetividade das intervenções nos níveis de hemoglobina glicada. Exames bioquímicos, conhecimento sobre diabetes, autocuidado e autoeficácia também foram avaliados. Resultados: Ambas as intervenções (App VIVA BEM e a cartilha impressa) demonstraram benefícios, apesar de não haver diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nos quesitos avaliados. O grupo intervenção apresentou uma melhora considerável na hemoglobina glicada e no conhecimento sobre diabetes, medido pela Escala DKN-A, sugerindo que ferramentas digitais podem ser eficazes na transmissão de informações e no engajamento dos pacientes. No que diz respeito ao autocuidado, ambas as tecnologias levaram a melhores parâmetros no pós-intervenção. A cartilha foi eficaz na melhoria dos hábitos alimentares, enquanto o aplicativo se destacou no cuidado com os pés. A autoeficácia também apresentou melhorias em ambos os grupos. Conclusão: A escolha da ferramenta de intervenção deve considerar as preferências e habilidades individuais dos pacientes. A cartilha educativa continua sendo uma estratégia válida e acessível, especialmente para idosos com dificuldades com tecnologia. O aplicativo móvel oferece recursos interativos e personalizados que podem reforçar práticas diárias de autocuidado. A combinação de ambas as estratégias pode ser uma abordagem promissora, permitindo que os idosos escolham a melhor ferramenta de acordo com sua familiaridade e preferência.