INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS GENÉTICOS 3'UTR SLC6A3 VNTR E NOS3 INTRON 4 VNTR NO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
SLC6A3; Óxido Nítrico Sintase Endotelial; Polimorfismo Genético; Transtorno Depressivo Maior
O Transtorno Depressivo Maior é uma condição incapacitante em que interfere a cognição e o funcionamento psicossocial do individuo, sendo sua incidência mais elevada no gênero feminino do que masculino. Dentre os sintomas há o entristecimento, desesperança, esgotamento, humor deprimido, anedonia e alterações comportamentais. O desenvolvimento da doença tem um caráter multifatorial em que há o envolvimento de parâmetros sociais, culturais e biológicos e genéticos. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo verificar a influencia da variante genética 3'UTR SLC6A3 VNTR em diferentes populações portadoras de TDM, por meio de uma revisão sistemática, além de identificar e analisar o polimorfismo no intron 4 do gene da NOS3, em pacientes que apresentam TDM submetidos ao tratamento, por pelo menos 3 meses, no CAPS III de Samambaia Sul – DF. Para o desenvolvimento da revisão sistemática foi realizado uma busca de artigos nas bases de dados: Pubmed, Web of Science, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scopus e mediante seleção por critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos foram escolhidos 6 estudos. No caso do estudo transversal, descritivo e de caso controle, no qual foram coletadas amostras de sangue de um grupo controle e de um grupo caso. Essas amostras foram submetidas à técnica laboratorial de Polymerase Chain Reaction (PCR) para a sua genotipagem. Foi adotado o nível de significância de 5%. Em relação aos resultados encontrados, na revisão sistemática acerca do gene SLC6A3 (DAT1) 3'UTR VNTR, foi demonstrado uma associação entre o genotípico SS (9R/9R) e presença do alelo S (9R) com risco de desenvolver TDM, além de influenciar na diminuição resposta à terapia antidepressiva. Além disso, no estudo de caso-controle referente ao gene NOS3 INTRON 4 VNTR, foi observado que houve diferença estatística significativa na distribuição genótipica entre indivíduos com TDM e os sadios, sendo que a presença do genótipo b/b é um fator de proteção para o desenvolvimento da doença. Houve, também, correlação entre o genótipo b/b com o colesterol elevado e o genótipo a/a e a/b com glicose elevada em pacientes que apresentavam TDM. Portanto, por ser uma doença multifatorial, torna-se cada vez imprescindível estabelecer novos estudos de polimorfismos genéticos de forma a melhorar o diagnóstico, tratamento e qualidade de vida dos pacientes.