MOBILIDADE, EQUILÍBRIO, QUEDAS E SOBRECARGA ARTICULAR EM PESSOAS COM AMPUTAÇÃO UNILATERAL NOS MEMBROS INFERIORES
Amputados, Quedas, Dupla-tarefa, Equilíbrio, Marcha, Sobrecarga Articular.
Introdução: As amputações nos membros inferiores têm alta prevalência no Brasil e afetam uma parcela jovem da população que apresentam aumento no risco de quedas. Apesar dos esforços em se caracterizar a marcha e o equilíbrio da pessoa com amputação unilateral nos membros inferiores, parece não estar claro o papel da dupla tarefa na frequência de quedas e a sobrecarga articular nos membros inferiores em usuários de próteses.
Objetivos: Estudar a relação entre a performance em testes funcionais, Índice de Dupla Tarefa e o medo e frequência de quedas; investigar o efeito da dupla tarefa cognitiva no equilíbrio estático e investigar a sobrecarga articular nos joelhos em pessoas com amputação unilateral nos membros inferiores.
Métodos: Estudo transversal que avaliou, até o momento, 50 pessoas com amputação unilateral nos membros inferiores. Foram colhidos os resultados de testes funcionais, oscilação do centro de pressão em plataforma de força e avaliação tridimensional da marcha.
Foram analisados os dados de sobrecarga articular nos joelhos de pessoas com amputação transtibial e comparados com um grupo controle sem amputação.
Resultados: O joelho do membro preservado sofre maior sobrecarga do que o joelho do lado amputado, mesmo quando comparado com o joelho de pessoas sem amputação e ainda que a média da velocidade de marcha seja menor nas pessoas com amputação trantibial unilateral. O pico do momento adutor, o tempo até atingir o pico e a taxa do momento adutor não foram significativamente diferentes entre o joelho do membro preservado e o joelho do grupo controle.
Conclusões: O joelho do membro preservado em pessoas com amputação trantibial unilateral sofre maior sobrecarga quando comparado ao lado amputado e ao joelho de pessoas sem amputação, o que pode explicar a alta prevalência de gonartrose nessa população.