DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIA DE EXERCÍCIOS DOMICILIARES PARA IDOSOS: PROJETO CEIS
Prevenção de quedas; Exercícios domiciliares; Idosos. Atenção primária à saúde.
Introdução: Trata-se do Projeto CEIS – Casa, Exercício, Idoso e Saúde. Episódios de quedas são eventos frequentes em idosos com causas multifatoriais, representando um sério problema relacionado à saúde pública. Diversas intervenções com exercício físico têm demonstrado efeitos benéficos para redução da taxa de queda em idosos, como o Otago Exercise Program (OEP). No entanto, ainda não foram testadas intervenções no que se refere à utilização de aplicativos para promoção dos exercícios físicos em idosos, visando a melhora do equilíbrio e FM, e consequentemente, a prevenção de quedas. Objetivos: Desenvolver e avaliar um aplicativo móvel para execução de exercícios domiciliares entre idosos. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo realizado em duas etapas: uma produção tecnológica do tipo prototipagem para construção do aplicativo móvel com conteúdo instrucional elaborado em forma de vídeos demonstrativos baseados no Protocolo Otago de exercícios domiciliares. O modelo para construção do aplicativo contempla quatro fases: análise; design/desenvolvimento; implementação (teste piloto com avaliação da usabilidade e aplicabilidade com as escalas System Usabitility Scale e Technology Acceptance Model) e avaliação; a segunda etapa será um estudo experimental do tipo ensaio clínico randomizado controlado cego, para avaliação do efeito do aplicativo. Será realizado com 50 idosos entre 60 e 80 anos cadastrados e acompanhados que atenderem aos critérios de inclusão no Ambulatório de Geriatria e Gerontologia da Policlínica de Taguatinga (GSAS 3), região Sudoeste do Distrito Federal. Os idosos serão alocados em Grupo Intervenção (GI) e Grupo Controle (GC), sendo que o GI realizará o Protocolo Otago com o apoio do aplicativo e receberá acompanhamento telefônico semanal e, o GC realizará o Protocolo Otago somente com orientações convencionais. A intervenção consiste em exercícios domiciliares durante 12 semanas, sendo que a cada mês ocorre uma evolução dos exercícios. Os idosos de ambos os grupos serão avaliados, antes e após a intervenção, quanto a antropometria, composição corporal, pressão arterial, equilíbrio, risco de quedas, medo de cair, força muscular e desempenho de membros inferiores, qualidade de vida, depressão, parâmetros bioquímicos e infamatórios. Resultados esperados: espera-se que o incentivo ao estudo aperfeiçoe e melhore a educação em saúde voltada para o idoso e para promover o trabalho dos profissionais de saúde, podendo influenciar na organização do serviço de saúde, aprimorar a comunicação, melhorar a qualidade de vida do idoso, diminuir a incidência de complicações preveníveis por meio de exercícios físicos, o que consequentemente, reflete na redução de custos na média e alta complexidade.