Banca de DEFESA: JÚNIOR PEREIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÚNIOR PEREIRA DOS SANTOS
DATA : 27/07/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Tams
TÍTULO:

Irgafos 168 e Irganox 1076 como novos agentes de corte de cocaína: impacto da pandemia de COVID- 19 na caracterização e tráfico de cocaína no Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Cocaína; Agentes de corte; Tráfico de drogas; Inteligência forense; GC– MS.


PÁGINAS: 9
RESUMO:

Contexto: Restrições de movimento e fechamento de fronteiras impostas pela pandemia mundial de Sars- Cov-2 afetaram o mercado global de drogas ilícitas, incluindo o tráfico de cocaína. Nesse cenário, comparar agentes de corte adicionados à cocaína e a pureza da droga são estratégias valiosas para entender como o tráfico de drogas foi impactado pela pandemia.

Métodos: Neste trabalho, 204 materiais de sais de cocaína apreendidos no Distrito Federal brasileiro, antes (2019) e durante a pandemia de COVID-19 (2020) foram analisados por duas técnicas analíticas: cromatografia gasosa com espectrometria de massas (GC-MS) e espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). Análises estatísticas, incluindo Análise de Componentes Principais (PCA), foram aplicadas para avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 no mercado local. A análise bibliométrica foi realizada como uma ferramenta de inteligência forense.

Resultados: De 2019 a 2020, a pureza média da cocaína diminuiu 26%, enquanto a frequência de agentes de corte, como cafeína e anestésicos (lidocaína, tetracaína) aumentou. A alta porcentagem de desconhecidos aumentou. Diferentes perfis de cocaína apreendidos em 2020 mostraram novos agentes de corte, como Irganox 1076 e Irgafos 168, indicando uma tendência de novos adulterantes/diluentes introduzidos no mercado local para mitigar a escassez local de drogas. Também em 2020, houve um aumento nas apreensões locais de cocaína, apesar da pureza da droga ter diminuído 26% em comparação a 2019.

Conclusões: Em conjunto, esses dados mostraram que a pandemia de covid-19 impactou o tráfico de cocaína no Distrito Federal, um aumento nas apreensões de cocaína, o que pode indicar maior demanda pela droga e, especialmente, mudanças no perfil de pureza da cocaína e dos agentes de corte, mostrando como os traficantes tentaram minimizar as dificuldades para cruzar a fronteira brasileira durante as restrições da COVID-19. As informações são relevantes, pois o Brasil é um dos principais pontos de partida da cocaína comercializada para o mundo. A análise bibliométrica mostrou que Irgafos 168 e Irganox 1076 foram consistentemente identificados como agentes de corte de cocaína pela primeira vez.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCELO FIRMINO DE OLIVEIRA - USP
Externo à Instituição - ATAILSON OLIVEIRA DA SILVA - UnB
Presidente - 1644041 - CLAURE NAIN LUNARDI GOMES
Externo à Instituição - Pedro Everardo Ferreira Melo - UFC
Notícia cadastrada em: 11/07/2024 17:41
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