Variantes genéticas das vias dopaminérgicas e inflamatórias no Transtorno Depressivo Maior
Polimorfismo Genético; Transtorno Depressivo Maior; Monoaminoxidase; Interleucina-1beta; Receptores Dopaminérgicos
O Transtorno Depressivo Maior (TDM) apresenta etiologia e patogênese multifatorial, que interfere intrinsicamente na qualidade de vida do individuo. Uma das possíveis correlações para o seu surgimento é a ativação de respostas inflamatórias resultando em neurodegeneração e consequentemente o surgimento dos sintomas depressivos. Umas das citocinas reguladoras do sistema imunológico e nervoso é a interleucina-1β que atua em diversos processos, principalmente na regulação do humor. Esta revisão sistemática tem como intuito analisar as frequências dos genótipos CC e CT da variante IL1β (C-511T) (rs16944) e suas associações com o TDM em diferentes populações, além de verificar a influência genótipo TT a resposta na terapia antidepressiva. Para o desenvolvimento desta revisão sistemática foi pesquisado cinco bases de dados e os artigos obtidos foram escolhidos de acordo com o critério de inclusão da estratégia PECOS resultando em oito artigos selecionados. Estudos demonstraram que o genótipo CC é identificado como a variante de maior risco, pois houve associação significativa risco aumentado para TDM, além que o genótipo TT está associado a uma boa resposta ao tratamento antidepressivo, porém apesar destes achados, há outros estudos que não encontraram associação significativa desta variante genética com TDM. Portanto, são necessários mais estudos, com populações diferentes, para compreender melhor o papel deste polimorfismo com a etiologia deste tipo de transtorno.