ESCOLHENDO SABIAMENTE: ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA DE ALTA FREQUÊNCIA E PULSO LARGO EM NERVOS VS. MÚSCULOS PARA ESFORÇOS MÁXIMOS E SUBMÁXIMOS
Estimulação elétrica neuromuscular; Fisioterapia; Reabilitação
Objetivo: A eficácia da estimulação elétrica neuromuscular (NMES) depende do nível de torque evocado, que pode ser alcançado através da estimulação convencional (CONV) ou de pulso largo e alta frequência (WPHF). No entanto, é necessário determinar a melhor colocação dos eletrodos. Este estudo teve como objetivo comparar os efeitos do WPHF (1ms/100Hz) aplicado ao tronco do nervo tibial (N-WPHF) ou ao músculo (MWPHF) com o CONV (0.25ms/20Hz) em participantes saudáveis usando um design cruzado. Métodos: 30 participantes (idade: 22,4 ± 4,5 anos, altura: 172 ± 8 cm, massa corporal: 71,4 ± 14,9 kg, média ± DP) participaram de quatro sessões de aproximadamente 1 hora, com pelo menos 7 dias de intervalo. Durante cada sessão, foram realizadas: duas contrações voluntárias máximas (MVC), duas contrações no torque máximo evocado (MET) e duas contrações no torque submáximo evocado a 20% MVC (SET). Foram medidos a intensidade da NMES, torque evocado, eficiência e desconforto nas condições máximas e submáximas. As estatísticas foram conduzidas usando ANOVA de modelo misto unidirecional com medidas repetidas. Resultados: N-WPHF e M-WPHF mostraram torque evocado maior do que CONV (p = 0,002 e p = 0,036) e maior eficiência do que CONV na condição MET (p = 0,006 e p = 0,002). N-WPHF induziu maior eficiência do que M-WPHF e CONV para condições submáximas (p = 0,004). Maior desconforto foi observado tanto para N-WPHF quanto para M-WPHF na condição submáxima comparado ao CONV (p = 0,003 e p < 0,001). Conclusão: Nossos resultados sugerem que a aplicação em nervos ou músculos para WPHF pode ser a melhor escolha para a condição máxima, enquanto a aplicação em nervos é preferida para a condição submáxima.