FRAGILIDADE, CAPACIDADE FUNCIONAL E DESEMPENHO FÍSICO PREDIZEM MORTALIDADE HOSPITALAR EM IDOSOS? UM ESTUDO LONGITUDINAL
Atividades Diárias, Desempenho Físico Funcional, Fragilidade, Hospitalização, Idoso, Mortalidade
Introdução: A hospitalização de idosos é um desafio crescente e de alto risco, frequentemente associada a maior mortalidade. Avaliar fragilidade, capacidade funcional e desempenho físico pode ajudar a prever a mortalidade hospitalar e melhorar o cuidado aos idosos. Objetivo: Investigar a associação entre a fragilidade, capacidade funcional e desempenho físico na admissão hospitalar com a mortalidade hospitalar de idosos. Método: Estudo observacional longitudinal com idosos internados em hospital público do Distrito Federal, Brasil. As variáveis independentes foram: fragilidade (fenótipo de fragilidade), a capacidade funcional (Katz e Lawton) e desempenho físico (SPPB), e a variável dependente foi a mortalidade hospitalar. Foram realizadas análises de regressão logística univariada e multivariada. Dados sociodemográficos, antropométricos e clínicos foram coletados para ajuste das análises. Resultados: Entre os 170 participantes, 7,6% foram a óbito durante a internação. O grupo que foi a óbito apresentou maior tempo de internação (U= 572,00; p=0,009). A regressão logística univariada mostrou que a chance de óbito aumentou em 115% a cada critério adicional de fragilidade, e reduziu em 21,8% 27,8% a cada ponto adicional na SPPB e no Índice de Katz, respectivamente. Na análise multivariada, apenas o desempenho físico foi significativo para prever a mortalidade hospitalar, com cada ponto adicional na SPPB reduzindo a chance de óbito em 22,3% (OR=0,777 [IC 95% 0,663 – 0,912]).
Conclusão: O desempenho físico na admissão hospitalar, avaliado pela SPPB até três dias da admissão, está associado à mortalidade hospitalar em idosos e destacou-se como preditor significativo, mesmo quando analisado junto com fragilidade e com capacidade funcional.