entropia multiescala; dor lombar; regularidade; controle motor; dinâmica não-linear
A dor lombar (DL) é a condição musculoesquelética mais incapacitante e mais geradora de anos vividos com incapacidade em populações ao redor do mundo. É responsável por grandes gastos na saúde pública, afastamento do trabalho e aposentadoria compulsória. Uma das associações estudadas pela literatura é a relação entre a dor lombar e a permanência em postura sentada prolongada. Estima-se que a postura sentada por tempo prolongado é um fator de risco para dor lombar, e um fator agravante para pessoas que já apresentam dor lombar. Estudos com biomecânica linear investigaram a cinemática da postura sentada e sua relação com a dor lombar. Em geral, os estudos têm demonstrado baixa correlação entre os ângulos da lombar alta e baixa com a dor lombar em posturas estáticas e atividades funcionais. A utilização de variáveis biomecânicas lineares, apesar de tradicional, tem recebido críticas pois elas não levam em consideração a natureza complexa do movimento, assumindo, sobretudo, uma visão reducionista do movimento humano. Em contrapartida aos métodos lineares, métodos não lineares permitem investigar aspectos da complexidade do movimento. Séries temporais de variáveis biomecânicas são obtidas para determinar, por exemplo, a autossemelhança de um sinal. Ou seja, a autossimilaridade entre escalas espaciais e temporais de uma série temporal. A análise da entropia tem sido utilizada para estimar, de modo quantitativo, a regularidade do comportamento de uma variável de estudo do padrão de movimento humano. Objetivo: Investigar a associação da postura sentada prolongada na regularidade dos movimentos do tronco em pessoas com dor lombar crônica inespecífica que exercem suas atividades em postos de trabalho com função unicamente administrativa.