Banca de DEFESA: MAYSA GOMES ROCHA LIMA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAYSA GOMES ROCHA LIMA SANTOS
DATA : 10/12/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Online via Teams
TÍTULO:

Dislipidemia e sua relação com fatores demográficos, socioeconômicos e de saúde em crianças escolares brasileiros


PALAVRAS-CHAVES:

“estudantes, dislipidemias, comportamento alimentar, comportamento sedentário, estado nutricional, consumo alimentar.”


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

Introdução: São escassos os estudos que analisam as diferentes frações do perfil lipídico em crianças e as possíveis associações com características contextuais, individuais, comportamentais e de saúde. Objetivo: Avaliar a associação entre dislipidemia e fatores demográficos, socioeconômicos e de saúde em crianças escolares de uma metrópole brasileira. Métodos: Estudo transversal com 315 crianças do 2º ao 4º ano do ensino fundamental de 20 escolas públicas do Distrito Federal, Brasil. Foram coletados dados demográficos e socioeconômicos, com classificação do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) da área de localização da escola e da moradia. Avaliaram se alimentação do dia anterior, comportamentos alimentares e uso de telas com questionários validados. Coletaram-se medidas antropométricas para avaliar o estado nutricional. Realizou-se coleta de sangue para análise de colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de alta densidade (HDL) e triglicerídeos (TG). Modelo de regressão de Poisson com variância robusta foi utilizado para avaliar associação entre dislipidemia e variáveis independentes. Resultados: Observou-se CT elevado em 32,5% (Intervalo de Confiança IC95%: 26,9-38,6), HDL baixo em 32,8% (IC95%: 24,4-42,4), LDL elevado em 23,5% (IC95%: 19,4-28,1) e 38,2% com TG elevado (IC95%: 28,7-48,5). Crianças de escolas ou moradias de maior vulnerabilidade social apresentaram pior perfil lipídico, considerando CT, TG e dislipidemias de forma geral, em comparação às crianças que estudavam ou moravam em locais de baixo IVS (p< 0,01). O baixo HDL foi mais prevalente entre crianças com maior consumo de ultraprocessados (Razão de Prevalência – RP: 1,84; IC 95%: 1,3-2,6; p=0,003) e menor diversidade alimentar (RP: 0,6; IC 95%: 0,4-0,9; p=0,029). Maior prevalência de LDL elevado foi encontrada entre crianças com maior consumo de lanches (RP: 1,6; IC 95%: 1,0-2,4; p=0,021), em relação às que referiram comer comida de verdade, e com uso excessivo de telas (RP: 2,2; IC 95%: 1,0-4,9; p=0,04). Crianças com excesso de peso também apresentaram pior perfil lipídico: apresentavam menor prevalência de HDL baixo (RP: 1,96; IC 95%: 1,5-2,6; p<0,001), de TG alto (RP: 2,2; IC 95%: 1,5-3,1; p=0,001) e de dislipidemia (RP: 1,21; IC 95%: 1,1-1,4; p=0,003) em comparação àquelas sem excesso de peso. Conclusão: Constatou-se alta prevalência de dislipidemia entre crianças de escolas públicas do Distrito Federal, sendo este problema associado à maior vulnerabilidade social no contexto de vida dessas crianças, a suas práticas de consumo e comportamentos alimentares, com menor consumo de alimentos saudáveis e maior de ultraprocessados e lanches, além do maior uso de telas e presença de excesso de peso. Esses achados podem subsidiar a formulação de políticas públicas e fomentar estratégias voltadas à promoção da saúde e melhor qualidade de vida das crianças brasileiras. 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CAMILA KUMMEL DUARTE - UFMG
Externa ao Programa - 1166872 - MAISA MIRANDA ARAUJO - nullPresidente - 1779270 - MARIA NATACHA TORAL BERTOLIN
Interna - 2564849 - NATHALIA MARCOLINI PELUCIO PIZATO
Notícia cadastrada em: 13/11/2025 17:19
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