"Percepção de risco, conhecimento e práticas de segurança dos alimentos: o contexto de crianças e adolescentes"
“Adolescentes; Conhecimento; Crianças; Percepção de risco; Práticas de higiene; Segurança dos Alimentos.”
“Garantir a Segurança dos Alimentos (SA) é um desafio global, sendo as Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) um importante problema de saúde pública. Este grupo de doenças conduz a um fardo considerável de incapacidade e mortalidade, além de impedir o desenvolvimento socioeconômico, sobrecarregar os sistemas de saúde e prejudicar as economias nacionais, o turismo e o comércio. Garantir um ambiente propício à AS permeia todos os elos da cadeia, seja direta ou indiretamente. Portanto, todos os envolvidos são responsáveis pela segurança dos alimentos adquiridos, produzidos e distribuídos. O manipulador desempenha um papel central e estudos mostram que o conhecimento de SA destes indivíduos é pouco traduzido em práticas de manipulação adequadas. Diante disso, um olhar cuidadoso deve ser voltado para esses indivíduos com uma abordagem que considere os consumidores jovens (crianças e adolescentes), devido ao grande potencial de investimento em saúde e bem-estar relacionado a esse público. Portanto, estudos devem ser desenvolvidos para fortalecer a SA dos consumidores e, consequentemente, da futura força de trabalho. Grande parte dos estudos desenvolvidos com esse público concentra-se nas variáveis de conhecimentos, práticas e atitudes e visa desenvolver programas educativos como ferramentas de intervenção. Porém, estudos demonstram que o comportamento de SA é mais complexo que o modelo Conhecimento-Atitude-Prática, apontando a necessidade de incorporar outras áreas do conhecimento para entender como outras variáveis podem afetar essa tradução, como percepção de risco e viés otimista. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar os fatores associados relacionados à SA na perspectiva de crianças e adolescentes no contexto escolar.