Banca de DEFESA: MARIANA SILVA MELENDEZ ARAUJO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANA SILVA MELENDEZ ARAUJO
DATA : 01/12/2022
HORA: 08:30
LOCAL: reserva de horário de web conferencia pelo CEAD
TÍTULO:

“Resposta terapêutica à cirurgia bariátrica: influência de fatores socioeconômicos e comparação entre os sistemas público e privado de saúde”


PALAVRAS-CHAVES:

“cirurgia bariátrica; resposta terapêutica; sistema único de saúde; pós-operatório tardio”


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

“Introdução: No Brasil, a cirurgia bariátrica (CB) é realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1999, embora a maior parte dos pacientes recorra às clínicas privadas especializadas. O nível socioeconômico dos usuários é o principal fator de escolha para o tipo de assistência e pode estar relacionado aos resultados da CB. Ainda não há um consenso sobre a melhor forma de avaliar a resposta ao tratamento cirúrgico em longo prazo e apesar da perda de peso e sua manutenção serem relevantes, o controle das comorbidades, a adequação do percentual de gordura corporal, a melhora na qualidade de vida e a ausência da obesidade sarcopênica podem ser, também, critérios de avaliação. Esta tese é apresentada em dois artigos com objetivos e metodologia distintos. Objetivo: 1) Revisar, sistematicamente, a associação entre o nível socioeconômico e a perda de peso em indivíduos submetidos à CB; 2) Comparar marcadores de resposta terapêutica tardia, além da perda de peso, em pacientes submetidos ao bypass gástrico em Y-de-Roux (BGYR) nos serviços público e privado de saúde. Métodos: 1) Revisão sistemática com metanálise com 53 estudos observacionais. Foram coletados dados referentes ao nível socioeconômico e de perda de peso em adultos após, pelo menos, 12 meses de CB; 2) Estudo transversal e analítico comparando a resposta terapêutica tardia ao BGYR quanto à perda de peso, presença de excesso de gordura corporal, presença de obesidade sarcopênica, presença de comorbidades (exames bioquímicos, pressão arterial aferida, uso de medicações), hábitos de vida (uso de suplementos, nível de atividade física; e qualidade da dieta) e qualidade de vida (questionário EQ-5D-3L validado para a população brasileira). Resultados: 1) Indivíduos de raça branca apresentaram um maior percentual de perda do excesso de peso quando comparados aos de raça negra (95% de intervalo de confiança (IC)= 3.25-10.99, índice de heterogeneidade[I2] = 44.87% e 95% IC= 8.08-13.59, I2 = 0%, respectivamente; p < 0.01) após 12 e 24 meses de CB. 2) Foram incluídos 123 indivíduos no estudo (79, acompanhados no serviço público – SUS e 44, no serviço privado de saúde – PRI). O grupo SUS apresentou médias maiores de idade (p=0.013), tempo de cirurgia (p<0.005) e Índice de Massa Corporal (IMC) pré operatório (p<0.001) e médias menores dos parâmetros relacionados ao nível socioeconômico (p<0.001) quando comparados ao PRI. Com relação aos desfechos relacionados à CB em longo prazo, após os ajustes, o grupo PRI apresentou maior risco de desenvolver problemas com o álcool (OR: 3.23; 95%IC: 1.03;10.10; p=0.044) e menor chance de serem ativos e muito ativos (OR: 0.23; 95%IC: 0.87;0.63; p=0.004) quando comparados ao SUS. Entre as demais variáveis, não houve diferença entre os tipos de serviço (p>0.05). Conclusão: 1) Apenas o critério raça/etnia esteve associado à perda de peso após a CB. 2) Não houve diferença entre os grupos SUS e PRI quanto à perda de peso, porém, o PRI apresentou maior risco de desenvolver alcoolismo e foi menos ativo.”


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CARINA ROSSONI - ULisboa
Externa ao Programa - 2329402 - ANGELICA AMORIM AMATO
Externo à Instituição - BEATRIZ D AGORD SCHAAN - UFRGS
Presidente - 1123194 - KENIA MARA BAIOCCHI DE CARVALHO
Interna - 2475959 - SANDRA FERNANDES ARRUDA
Notícia cadastrada em: 06/10/2022 14:59
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