ATIVISMO INSTITUCIONAL DURANTE O GOVERNO BOLSONARO: REFLEXÕES SOBRE A RESISTÊNCIA E A ADAPTABILIDADE BUROCRÁTICA NO ICMBIO, IBAMA, FUNAI E INCRA
Governo Bolsonaro, ataque institucional, ativismo institucional, resistência, adaptabilidade, burocracia, política ambiental, Amazônia.
A ascensão de governos populistas democraticamente eleitos tem trazido desafios significativos para as políticas ambientais, marcados por um retrocesso e pelo negacionismo científico, como observado no governo Bolsonaro no Brasil. Este projeto de pesquisa busca compreender as reações da burocracia ambiental, focando em quatro órgãos fundamentais na preservação da Amazônia: Ibama, Incra, Funai e Icmbio. Utilizando o conceito de ativismo institucional, o estudo propõe uma análise das reações burocráticas diante do desmantelamento de políticas promovido pelo governo Bolsonaro, distinguindo entre ativismo institucional defensivo e propositivo.
A pesquisa será estruturada como um estudo de caso comparado, explorando as respostas dos burocratas em relação ao desmantelamento das políticas ambientais. Serão examinadas três perguntas principais: os fatores que influenciam a adoção de diferentes formas de ativismo institucional, as estratégias empregadas pelos servidores e as consequências dessas ações para as políticas de preservação ambiental na Amazônia.
Para isso, o estudo utilizará o método de Análise Qualitativa Comparativa (QCA) para identificar padrões causais e condições que influenciam o ativismo institucional. A pesquisa também envolverá análise documental, entrevistas semiestruturadas e mapeamento de redes para compreender a complexidade das interações burocráticas. Espera-se que este estudo contribua para uma melhor compreensão das dinâmicas de resistência e adaptação burocrática em contextos adversos, oferecendo insights sobre a capacidade de agência dos servidores públicos e o impacto de suas ações nas políticas públicas ambientais.