Banca de DEFESA: HENRIQUE RODRIGUES DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HENRIQUE RODRIGUES DE OLIVEIRA
DATA : 19/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Teams
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL EFEITO NEUROPROTETOR DE EXTRATO AQUOSO DE EUGENIA DYSENTERICA DC EM MODELO DE NEUROPATIA PERIFÉRICA INDUZIDA POR CISPLATINA IN VITRO


PALAVRAS-CHAVES:

Neuropatia periférica induzida por quimioterápicos; cisplatina; neuroproteção; estresse oxidativo; CGRP; IL-1b; Eugenia dysenterica


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A neuropatia periférica induzida por quimioterápicos (NPIQ) é uma manifestação clínica de diversas classes de fármacos antitumorais, tais como os derivados da platina. A cisplatina é um antitumoral bastante utilizado na prática oncológica devido à sua capacidade de induzir apoptose nas células tumorais em decorrência da formação de adutos de platina no DNA. Entretanto, nos neurônios, a cisplatina induz alterações que culminarão na neuropatia periférica, um conjunto de sintomas caracterizado por ser predominantemente sensorial e dose-dependente. Dentre esses sintomas está a parestesia, perda sensorial e dor neuropática, que ainda pode ser aguda ou crônica. Esses efeitos ocorrem porque os neurônios dos gânglios das raízes dorsais (GRDs) são os alvos desses fármacos. Visto isso, desenvolver estratégias que visem proteger o sistema nervoso é fundamental para o tratamento da NPIQ. Assim, a proposta desse trabalho é avaliar in vitro se extrato aquoso de folhas da Eugenia dysenterica (planta do Cerrado popularmente conhecida como Cagaita) possui algum papel neuroprotetor no modelo de NPIQ. Essas hipóteses são sustentadas devido às atividades antioxidante e anti-inflamatória dessa planta, além de efeito neuroprotetor já demonstrado em outros modelos de neurotoxicidade. Assim, foram estabelecidas culturas primárias de células de GRDs de ratos adultos e de células neuron-like PC12, que foram tratadas com extrato de E. dysenterica na presença ou ausência de cisplatina. Os efeitos desses tratamentos sobre a neurotoxicidade da cisplatina foram avaliados por intermédio das técnicas de avaliação da viabilidade celular, quantificação da liberação do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e quantificação de CGRP total, quantificação de mRNA para Superóxido dismutase 2 (SOD-2) e NRF2, da liberação de Interleucina-1b (IL-1b), da síntese de espécies reativas de oxigênio e mensuração de neuritos. Observamos que o tratamento com 30 µM de cisplatina por 24 horas não induziu morte celular de células de GRDs, aumentou a sensibilização neuronal e induziu estresse oxidativo em células PC-12, que foram prevenidos pelo pré-tratamento com 30 µg/mL do extrato de E. dysenterica. Além disso, observamos que a cisplatina promove o aumento da liberação de IL-1b, síntese gênica de SOD-2 e inibição do crescimento de neuritos. Já o tratamento somente com 30 µg/mL do extrato de E. dysenterica também não altera a viabilidade celular de células GRDs, liberação de IL-1b e a expressão gênica de SOD-2, entretanto reduz a expressão de Nrf2. Além disso, observamos que o extrato não interfere na atividade antitumoral ou no efeito em neuritos da cisplatina. Também observamos que os ativadores da via Nrf2/Keap1/ARE, oltipraz e sulforaphane, induziram sensibilização neuronal. Em suma, nossos dados demonstram que o extrato de E. dysenterica pode ser uma promissora ferramenta para o tratamento da NP induzida pela cisplatina.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - JOICE MARIA DA CUNHA - UFPR
Externa à Instituição - REGINA DE CASTRO ALMEIDA - UFPI
Externa ao Programa - 2532427 - DAYDE LANE MENDONCA DA SILVA
Externa ao Programa - 1709601 - FABIANE HIRATSUKA VEIGA
Presidente - 186.580.591-20 - FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES - UNIFESP
Notícia cadastrada em: 13/12/2022 14:50
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