Estudo de mutações relacionadas ao gene hTERT como potenciais fatores de risco ou de prognóstico em câncer de mama
câncer; telomerase; polimorfismo; hTERT; mutação
Alterações na região promotora do gene da transcriptase reversa da telomerase (TERT) estão significativamente relacionadas a muitos tipos de câncer e mutações somáticas e polimorfismos de um único nucleotídeo (SNPs) nessa região podem influenciar a susceptibilidade e prognóstico do câncer. Por ser a telomerase uma enzima importante no processo de carcinogênese, por estar presente na maioria dos tumores e pelos indícios de ser um bom marcador molecular, se faz necessária uma investigação mais profunda no tema. Este estudo analisou mutações na região promotora da telomerase em pacientes com câncer e testou a correlação de tais dados com o prognóstico e variáveis clínicas diversas. O biorrepositório apresentou 221 pacientes e 18 tipos de câncer, sendo o mais frequente o de mama, com 167 casos. As análises foram realizadas a partir desse grupo. Analisando as diversas associações clínicas, observa-se que o Ki67 alto, RE e RP negativos, Grau do tumor 3 e HER2 positivo estavam associados a variáveis de pior prognóstico, confirmando seus valores preditivos clínico. Quanto a análise de polimorfismos, 106 amostras de pacientes com câncer de mama foram selecionadas e 7 polimorfismos foram analisados: rs964200877, rs540807196, rs980822475, rs10078991, rs1054221410, rs930389112 e rs1433143099. A análise estatística foi realizada para o polimorfismo rs10078991, pois foi o único a formar a possibilidade de dois grupos com um número amostral considerável: presença do Alelo C (n= 19) e ausência do Alelo C (n= 79). O grupo com o genótipo TT (Sem Alelo C) apresentou resultados tanto favoráveis quanto desfavoráveis ao prognóstico do câncer de mama, a depender da variável estudada. Em relação a um bom prognóstico, mesmo os tumores maiores apresentaram menor comprometimento de linfonodos. Em contrapartida, as seguintes variáveis foram relacionadas a um pior prognóstico: RP; IMC e estadiamento T; e infiltrado inflamatório. O grupo Alelo C apresentou melhor relação com um bom prognóstico do câncer de mama para as variáveis clínicas: RP; IMC e N1 (Estadiamento N); e infiltrado inflamatório. Apesar dos resultados deste polimorfismo, ao considerar a análise da região gênica observa-se pouca variação entre os genótipos