Banca de DEFESA: FELIPE FERREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FELIPE FERREIRA
DATA : 15/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reunião 2 – Direção - Faculdade de Saúde - Campus Darcy Ribeiro
TÍTULO:

TERAPIA MEDICAMENTOSA NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA


PALAVRAS-CHAVES:

“Pessoas Transgênero; Androgênios; Estrógeno; Efeitos Colaterais e Reações Adversas
Relacionados a Medicamentos; Exames Clínicos, Revisão Sistemática, Disforia de Gênero”


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

“A terapia empregada para a transição física na disforia de gênero é a Terapia Hormonal
Transexualizadora que leva a aquisição de características sexuais secundárias próprias do sexo com
o qual o usuário se identifica. Realizar um levantamento sistemático da literatura a fim de
estabelecer recomendações baseadas na evidência disponível a respeito da terapia medicamentosa
hormonal e adjuvantes não hormonais utilizados no processo transexualizador para homens e
mulheres transexuais, maiores de 18 anos. O trabalho é de suma importância para os profissionais de
saúde que trabalham com esta população porque traça um perfil através de revisão sistemática
mediante a formulação de três perguntas a saber: quais os critérios de inclusão e exclusão para se
iniciar a hormonoterapia, quais os exames laboratoriais que devem ser monitorados e os efeitos
adversos imediatos e tardios que a hormonoterapia pode trazer para esta população de homem e
mulher trans. A busca foi estruturada de forma a responder essas três questões e realizada nas bases
de dados entre o período de 01/012004 a 23/08/2020), nas bases: G-I-N, Medline (via PubMed),
Embase e Cochrane. Dentre os 733 artigos encontrados, 51 foram excluídos no processo de remoção
de duplicatas, restando 682. Destes, 499 foram excluídos na leitura do resumo por se encaixarem nos 

critérios de exclusão. 183 artigos foram lidos na íntegra e 121 foram excluídos. Apenas 62 artigos se
encaixavam nos critérios de inclusão e destes 43 diziam respeito a população de homens trans e 42 a
respeito da mulher trans. As evidências ainda são limitadas, devido a baixa qualidade dos estudos.
Os critérios para início da terapia envolvem correto diagnóstico, capacidade de adesão e a
inexistência de condições patológicas que contraindique o uso da terapia hormonal
transexualizadora. As alterações dos exames laboratoriais da mulher trans se aproximaram do
esperado na população de mulheres cis, e as alterações do homem trans se assemelham a do homem
cis. Os estudos não identificaram aumento nos casos de câncer de mama nos usuários em uso de
terapia hormonal transexualizadora assim como o a ocorrência de eventos adversos foram
considerados poucos e leves, como hipertensão, dor no local de administração e alteração do perfil
risco epidemiológico cardiovascular e coagulopatias. As condições ideais para início da terapia
sexual transexualizadora se encontram bem consolidadas pelos consensos. Já a questão da
periodicidade e as alterações esperados os resultados ainda se baseiam em grande parte na literatura
oriunda do tratamento de hipogonadismo em pessoas cis, tornando necessário mais estudos de
acompanhamento da população transexual. Apesar dos estudos terem encontrados eventos adversos
leves, poucos tiveram duração superior a 5 anos, sendo necessário mais estudos de acompanhamento
prolongado tendo em vista que a perspectiva é que o tratamento prossiga durante toda a vida do
usuário.”


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES - UnB
Externa à Instituição - LUNARA TELES SILVA - MS
Presidente - 2345053 - PATRICIA MEDEIROS DE SOUZA
Externo à Instituição - RODRIGO FONSECA LIMA - SESDF
Notícia cadastrada em: 14/07/2022 16:13
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