Banca de DEFESA: ANA RACHEL TEIXEIRA BATISTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA RACHEL TEIXEIRA BATISTA
DATA : 17/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Teams
TÍTULO:

FRATURAS MORFOMÉTRICAS ASSINTOMÁTICASNO HIPOPARATIREOIDISMO PÓSCIRÚRGICO


PALAVRAS-CHAVES:

“hipoparatireoidismo pós-cirúrgico; avaliação de fratura morfométrica; escore de osso trabecular ”


PÁGINAS: 100
RESUMO:

“Introdução: O hipoparatireoidismo é uma enfermidade rara caracterizada por uma diminuição da concentração sérica de cálcio na presença de valores do paratormônio (PTH) baixos ou inapropriadamente normais. As manifestações ósseas dessa doença decorrem de uma marcada redução no remodelamento, um aumento da densidade e alterações da microarquitetura óssea. Entretanto o impacto dessas anormalidades esqueléticas no risco de fraturas permanece incerto. Objetivo: Este trabalho visou descrever a frequência de fraturas morfométricas nos indivíduos com hipoparatireoidismo pós-cirúrgico, e compará-la à de um grupo controle pareado. Descrevemos também as características clínicas, laboratoriais e ósseas e as correlações desses parâmetros no grupo com hipoparatireoidismo. Método: Tratou-se um estudo transversal observacional em que foram incluídos indivíduos com hipoparatireoidismo pós-cirúrgico maiores que 18 anos cadastrados no protocolo de dispensação de calcitriol da Secretaria de saúde do Distrito Federal. Foram avaliados variáveis clínicas e bioquímicas, além dos seguintes parâmetros ósseos: densidade mineral óssea (DMO), avaliação de fraturas morfométricas (VFA) e o cálculo do escore de osso trabecular (TBS). Resultados: Foram 70 participantes com hipoparatireoidismo pós-cirúrgico, com média de idade de 52,4 anos (± 12,2 anos), sendo que 95,7% (n = 67) mulheres, 60% não obesas (n = 42) e 55,7% (n = 39) estavam na pós-menopausa; comparados a 66 indivíduos no grupo controle pareados em sexo, idade e índice de massa corporal. O grupo com hipoparatireoidismo apresentou valores significativamente menores de cálcio, PTH e magnésio em relação ao grupo controle. Os valores de fósforo, calciúria e a densidade mineral óssea em todos os sítios foram significativamente maiores quando comparados aos dos controles. O cálculo do FRAX® Brasil mostrou que todos os indivíduos apresentaram baixo risco de fraturas. O grupo com hipoparatireoidismo apresentou três vezes menos chances de ter baixa massa óssea. Apenas 2,9% dos indivíduos com hipoparatireoidismo apresentou fraturas silenciosas, sem diferença estatística entre os grupos. O valor médio do TBS encontrado foi de 1,46 no grupo com hipoparatireoidismo versus 1,42 no grupo controle, sem diferença estatística entre eles. Análise de subgrupo incluindo mulheres na pós-menopausa mostrou que os resultados encontrados no grupo total foram reproduzidos nessa população. Não houve associação significativa entre nenhum parâmetro laboratorial ou ósseo investigado e o VFA, porém o TBS se correlacionou com a DMO e o PTH, indicando que valores maiores de DMO e valores menores de PTH estão relacionados ao aumento do TBS. O TBS diminuído se correlacionou, ainda, com o estado pósmenopausa e baixa massa óssea. Conclusão: Nossos resultados indicam que as fraturas vertebrais não são comuns em pacientes com hipoparatireoidismo pós-cirúrgico, de acordo com as hipóteses fisiopatológicas e com a alta densidade mineral óssea. O VFA é um método confiável para avaliação das fraturas vertebrais e sua aplicação durante o exame de densitometria deve ser considerada nesses pacientes. A ferramenta FRAX® associada ao TBS pode prever os indivíduos com maior risco. Estudos futuros são necessários para avaliar fatores específicos associados a fraturas vertebraisno hipoparatireoidismo crônico pós-cirúrgico.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - FERNANDA SILVEIRA TAVARES - UCB
Presidente - 2329402 - ANGELICA AMORIM AMATO
Externa à Instituição - LARA BENIGNO PORTO DANTAS - SESDF
Externo à Instituição - LUIZ AUGUSTO CASULARI ROXO DA MOTTA - UnB
Notícia cadastrada em: 26/07/2022 15:45
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