Banca de DEFESA: Letícia Lopes Quirino Pantoja

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Letícia Lopes Quirino Pantoja
DATA : 25/11/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Teams
TÍTULO:

Avaliação radiográfica da articulação temporomandibular e da qualidade de vida relacionada à saúde bucal de pacientes com Osteogênese Imperfeita


PALAVRAS-CHAVES:

Osteogênese Imperfeita, Articulação Temporomandibular, Qualidade de Vida, Pamidronato


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

Algumas condições patológicas sistêmicas como as displasias esqueléticas podem ocasionar alterações craniofaciais com potencial prejuízo ao desenvolvimento da articulação temporomandibular (ATM) e ao funcionamento do sistema mastigatório. A Osteogênese imperfeita (OI) é uma displasia esquelética, considerada um grupo de desordens genéticas raras com grau variável de alterações congênitas do tecido conjuntivo resultando em fragilidade e deformidade óssea. São também relatadas alterações extra-esqueléticas que afetam o complexo crânio-facial como frouxidão ligamentar, hipotonia muscular, maloclusão e dentinogênese imperfeita nesses pacientes. Embora muitos pacientes com OI tenham comprometimento orofacial, não é frequente o relato de alterações na ATM e suas possíveis consequências funcionais, bem como seu impacto nos aspectos emocionais e comportamentais. Este trabalho teve dois objetivos: (1) avaliar a influência da OI e seu tratamento no desenvolvimento da ATM por meio da caracterização do trabeculado ósseo na região da cabeça da mandíbula; (2) avaliar o impacto das alterações orofaciais e severidade de OI no índice de Qualidade de Vida relacionada à Saúde Bucal (QVrSB) de pacientes. Para o primeiro objetivo foi realizada análise de dimensão fractal (DF) da região da cabeça da mandíbula em radiografias panorâmicas de 33 pacientes (2-17 anos) tratados com pamidronato dissódico e comparada com grupo controle de 99 indivíduos sem OI. Foram avaliados os efeitos da dose cumulativa de pamidronato, duração do tratamento e idade no início do tratamento nos resultados da DF, usando um modelo de regressão linear com efeitos mistos. Para o segundo objetivo, foi aplicado o questionário de QVrSB em crianças e adolecentes, versão brasileira do Child Perception Questionaire (CPQ) em um grupo de pacientes divididos por faixa etária de 8 a 10 ano e de 11 a 14 anos. Foi avaliada a relação entre o índice de QVrSB e seus domínio de avaliação, os tipos de OI e as alterações orofaciais presentes. A DF nos pacientes foi significativamente menor em comparação com adolescentes saudáveis (p <0,01). A DF média no grupo de estudo foi de 1,23 (± 0,15), e de 1,29, (±0,11) entre controles. Não houve diferença estatisticamente significante neste resultado independentemente do sexo. O tipo de OI, idade de início do tratamento e a duração da terapia foram variáveis que apresentaram efeito estatisticamente significativo na DF. O índice de QVrSB de pacientes entre 8 e 14 anos foi de 6,89 ± 6,59 e foi menor entre os pacientes com OI tipo III (5,9 ±5,47) do que em pacientes tipo IV (6,88 ± 8,77). O índice foi menor para crianças (6,59 ± 7,06) do que para adolescentes (7,4 ± 6,04). Este estudo demonstrou que a arquitetura óssea da cabeça da mandíbula pode estar alterada em pacientes pediátricos com formas moderadas e graves de OI. Além disso, o tratamento com pamidronato parece ter um efeito positivo no osso trabecular do côndilo nesses pacientes. Também demonstrou que a QVrSB foi semelhante em pacientes com OI moderada e grave, sendo os sintomas orais o domínio mais relevante para o índice entre os pacientes de 8 a 14 anos. A percepção de QVrSB entre adolescentes foi pior do que entre crianças.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2295825 - ANA CAROLINA ACEVEDO POPPE
Externa à Instituição - Fabiana Tolentino de Almeida - UniAlberta
Externa à Instituição - HELIANA DANTAS MESTRINHO - UnB
Externa ao Programa - 1122542 - LILIAN MARLY DE PAULA
Externo à Instituição - PAULO MARCIO YAMAGUTI - HUB
Notícia cadastrada em: 28/09/2022 17:14
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