Banca de DEFESA: Eliane Cespedes Paes Huard

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Eliane Cespedes Paes Huard
DATA : 22/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões do Laboratório Interdisciplinar de Biociências – Faculdade de Medicina da Universid
TÍTULO:

Seguimento a longo prazo das alterações em neuroimagem da morfologia da hipófise de crianças e adolescentes após traumatismo cranioencefálico


PALAVRAS-CHAVES:

Traumatismo cranioencefálico; pediatria; neuroimagem; hipófise; morfologia


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Introdução. O traumatismo cranioencefálico (TCE) está associado a um risco potencial de desencadear alterações anatômicas e/ou funcionais de várias estruturas encefálicas do indivíduo. Entre as possíveis consequências do TCE de intensidade moderada a grave tem-se a disfunção hipotalâmico-hipofisária, que pode ser transitória ou permanente e manifestar-se a curto, médio ou longo prazo. Não encontramos na literatura estudos que avaliem o impacto do TCE na morfologia hipofisária ao longo do tempo no pós-trauma. Objetivos. Estudo longitudinal da morfologia hipofisária (dimensões de seus eixos e volume) de crianças e adolescentes que sofreram TCE e acompanhados na Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação; reconhecer a frequência de lesões estruturais da hipófise identificadas nesse grupo; avaliar se há correlação entre idade ao momento do trauma e o sexo do paciente com o padrão de alterações na morfologia hipofisária ao longo dos anos pós-TCE. Método. Trata-se de um estudo retrospectivo longitudinal de uma coorte crianças e adolescentes que sofreram TCE antes da idade de 16 anos e 11 meses, atendidos no Programa de Neurorreabilitação Pós-TCE na Unidade SARAH Brasília e no Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação SARAH, Brasília (DF). Foram analisados os exames de Ressonância Nuclear Magnética (RNM) de encéfalo/hipófise de crianças e adolescentes, realizados entre 2009 e 2021. As três dimensões hipofisárias (altura coronal, largura coronal e largura sagital) e respectivos volumes das glândulas foram obtidos a partir da análise das imagens em incidências médio-sagitais e coronais, e realizadas por um mesmo observador treinado. Os pacientes foram agrupados de acordo com o sexo e de acordo com tempo pós-TCE em que as RNM foram realizadas em: grupo 1 (G1: imagens realizadas ao longo do primeiro ano pós-TCE), grupo 2 (G2: imagens realizadas entre 1 e £ 2 anos pós-TCE), grupo 3 (G3: imagens realizadas entre 2 e £ 3 anos pós-TCE), grupo 4 (G4: imagens realizadas entre 3 e £ 4 anos pós-TCE), grupo 5 (imagens realizadas entre 4 e £ 5 anos pós-TCE) e grupo 6 (G6: imagens realizadas em período superior a 5 anos pós-TCE). As dimensões e volumes hipofisários dos pacientes foram analisados, comparados e correlacionados de acordo com as variáveis clínicas sexo, idade em que ocorreu o TCE e tempo pós-TCE. Resultados. Foram avaliados 78 pacientes, com maior proporção de indivíduos do sexo masculino vítimas de TCE (n = 47, p = 0,01). A mediana de idade do grupo total no momento do TCE foi de 5,8 anos (variação 0,2 a 13,7 anos), sem diferença entre os sexos (p=0,749). Foram analisadas 152 imagens de RNM de hipófise, com alguns pacientes tendo mais de uma imagem sequencial analisada. O tempo entre o TCE e a realização das RNM de hipófise variou de 0,1 a 15,8 anos, com a seguinte distribuição, G1: n = 41, mediana 0,5 ano; G2: n = 28, mediana 1,6 anos; G3: n = 16, mediana 2,5 anos; G4: n = 18, mediana 3,8 anos; G4: n = 16, mediana 4,6 anos; G6: n = 33, mediana 8 anos. Encontrou-se alterações na morfologia hipofisária (diminuição do volume hipofisário) em 23% das imagens, correspondendo a 32% dos pacientes (72% do sexo feminino), todos esses correspondendo a TCE grave, sem diferença entre os sexos. Observou-se uma curva em “U” ao se avaliar o comportamento do volume hipofisário ao longo do tempo pósTCE. Os dados mostram diminuição progressiva da mediana desses valores do primeiro ao terceiro ano pós-TCE, seguida de um aumento progressivo desse momento em diante (p = 0,00033). As dimensões hipofisárias altura coronal e largura coronal também apresentaram comportamento semelhante ao do volume ao longo do tempo pós-TCE (p = 0,00004 e p = 0,0,00003, respectivamente). Não se observou correlação entre idade ao TCE com gravidade do comprometimento da morfologia hipofisária ao longo do período pós-TCE. Conclusão. No grupo estudado, encontrou-se maior proporção de pacientes do sexo masculino vítimas de TCE. Não houve diferença na idade ao TCE em relação ao sexo. Cerca de um terço dos pacientes apresentaram alteração da morfologia hipofisária ao longo do período de acompanhamento. O grupo total apresentou nadir do volume hipofisário entre 2 e 4 anos pósTCE, seguido de recuperação. Não se observou influência do sexo ou da idade ao TCE na evolução da morfologia hipofisária ao longo dos anos pós-TCE.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - KATIA TORRES BATISTA - DAHER
Presidente - 2189235 - LUIZ CLAUDIO GONCALVES DE CASTRO
Externa ao Programa - 1550653 - NEYSA APARECIDA TINOCO REGATTIERI - nullExterno à Instituição - Vinícius Viana Abreu Montanaro - SARAH
Notícia cadastrada em: 03/01/2024 14:05
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