Análise de viabilidade celular e expressão de miR-671 em modelo in vitro de neurodegeneração dopaminérgica induzida por MPP⁺
Doença de Parkinson, miR-671, Neurodegeneração, Células SH-SY5Y, microRNA.
A Doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva caracterizada pela perda seletiva de neurônios dopaminérgicos na substância negra e pela presença de corpos de Lewy, com comprometimento motor, cognitivo e emocional. Estudos apontam os microRNAs (miRNAs) como potenciais moduladores dos processos patológicos envolvidos na DP, como estresse oxidativo, neuroinflamação e apoptose neuronal. Entre esses, o miR-671 têm se destacado por seus efeitos regulatórios sobre vias inflamatórias. Este estudo teve como objetivo investigar a expressão de miR-671 em modelo in vitro de neurodegeneração induzida por MPP⁺ e rotenona, utilizando células SH-SY5Y. A viabilidade celular foi avaliada pelos ensaios MTT e CCK-8 após exposição a diferentes concentrações de MPP⁺ (0,5 a 2,0 mM) e rotenona (0,1 mM), por 24, 48 e 72 horas. Os resultados demonstraram uma redução significativa e dependente do tempo e da dose na viabilidade celular, com efeito mais acentuado na exposição prolongada e nas maiores concentrações. O ensaio CCK-8 revelou-se mais sensível e reprodutível, com leitura ideal entre 3 e 5 horas. A expressão do miRNA miR-671 foi quantificada por RT-qPCR em células expostas a MPP⁺ 1 mM por 24 horas. Observou-se aumento significativo na expressão do miR-671 (média = 1,448) em comparação ao grupo controle (média = 0,878; p < 0,05). Esses dados indicam que o miR671 pode estar envolvido na resposta celular ao insulto neurotóxico, possivelmente exercendo papel neuroprotetor. Os achados reforçam a relevância dos miRNAs como alvos terapêuticos e biomarcadores promissores para a DP.