Análise de relações derivadas de similar e oposto em indivíduos com depressão e sem depressão
Teoria das Molduras Relacionais, Procedimento Relacional de Completar, depressão.
O paradigma da equivalência de estímulos permitiu a elaboração de estudos e procedimentos sobre o comportamento simbólico e, em especial, sobre processos envolvidos na aprendizagem de comportamentos verbais. A condução de pesquisas envolvendo diferentes tipos de relações entre estímulos (e.g., maior e menor; igual e oposto) contribuíram para a elaboração da Teoria das Molduras Relacionais, que amplia o entendimento sobre os processos linguísticos e a cognição humana. Diante das novas possibilidades que a pesquisa sobre o responder relacional derivado propicia, pesquisadores têm buscado novos procedimentos para o treino e teste de relações entre múltiplos estímulos. O Procedimento Relacional de Completar (PRC) foi desenvolvido como alternativa ao Procedimento de Pareamento ao Modelo para avaliar relações derivadas permitindo a apresentação de estímulos de forma sequencial, o que é similar a leitura de frases em vários idiomas. A teoria dimensional da emoção também pode contribuir com pesquisas envolvendo linguagem e o uso de palavras como estímulos. Por meio dessa teoria é possível caracterizar um estímulo em, pelo menos, duas dimensões, uma de valência (do desagradável ao agradável) e outra de alerta (do relaxante ao estimulante). Com esse conceito pode-se elaborar instrumentos padronizados e procedimentos para a investigação empírica de comportamentos relacionados com psicopatologias e transtornos de grande repercussão para os indivíduos, como a depressão. Estudos epidemiológicos mostram taxas elevadas de prevalência de Transtorno Depressivo Maior no Brasil e no mundo. Considerando a importância da investigação e propostas de novas abordagens para a depressão, o presente estudo teve como objetivo elaborar um PRC e analisar sua aplicação para avaliação da rede relacional associada ao autoconceito de indivíduos com e sem depressão.