Banca de DEFESA: Douglas Guimarães Braga

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Douglas Guimarães Braga
DATA : 12/12/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Microsoft TEAMS
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DE FALHAS POR ESCORREGAMENTO DE EMENDAS PREFORMADAS

PALAVRAS-CHAVES:

Emendas preformadas, cabos condutores aéreos, análise de falha, linhas de transmissão

PÁGINAS: 78
RESUMO:

O objetivo deste trabalho é realizar um estudo detalhado e sistemático para avaliar as causas das falhas por escorregamentos de dezenas de emendas preformadas utilizadas em diversas linhas de transmissão de 500 kV ocorridas em diferentes regiões do Brasil. Todos os escorregamentos sempre envolveram um mesmo modelo de emenda
preformada (constituída por 13 varetas, com o diâmetro de 7,34 mm cada, com o comprimento de 3,5 m e passo de 244 mm) montada sobre um cabo de alumínio liga (CAL) 1120, com bitola 838 MCM (diâmetro 26,78 mm). Para avaliar os motivos dos escorregamentos investigou-se desde o material utilizado na fabricação das emendas e dos cabos até suas propriedades mecânicas e dimensões. Após constatar-se que estes componentes atenderam as especificações quanto ao material e dimensões nominais, passou-se a análise do projeto da emenda quanto ao seu princípio de funcionamento e dos procedimentos de instalação e montagem destas emendas em campo.
Os estudos e as análises conduzidas demonstraram que o projeto da emenda foi alterado de 12 varetas (7,87 mm), para 13 varetas (7,34 mm) durante a fase de projeto executivo destas linhas. Com essa nova concepção da emenda, calculou-se o espaçamento total entre as varetas (GAP total) e conclui-se que, considerando-se a pior combinação das tolerâncias dimensionais admissíveis para as varetas e o cabo, poder-se-ia encontrar montagens cabo-emenda com GAP total negativo. Isso quer dizer que, todas as emendas aplicadas nas linhas de transmissão que possuíssem GAP total variando entre 0 e este valor negativo estariam se comportando como um “tubo”. Desta forma, estas emendas estariam comprometidas quanto ao seu princípio de funcionamento. O efeito tubo reduz a pressão da emenda sobre o cabo a medida que, ou aumenta-se a tração sobre o cabo (por exemplo devido a um vento de maior intensidade), ou há uma redução na seção transversal do cabo (por exemplo devido a fluência, ou efeito de Poisson, ou deformações plásticas resultantes do processo de montagem). Desta forma, a falta de GAP total quando as piores combinações geométricas entre cabo e emenda ocorrem foi um dos motivos apontados para estes escorregamentos.
Também se detectou após inspeções de campo detalhadas e do uso de radiografia digital computadorizada que houve erros grosseiros de montagem das emendas. Estes erros foram provavelmente agravados pela falta de espaçamento entre as varetas o que dificultou sobremaneira o seu processo de instalação pelos montadores. Portanto os motivos que levaram ao escorregamento dessas emendas foram desde erros associados ao processo de lançamento do cabo e montagem das emendas até a concepção do projeto da emenda que permitiu a possibilidade de haver GAP total nulo ou negativo para diversas combinações geométricas. Por último, mas não menos importante, conduziu-se neste trabalho ensaios de vibração eólica do conjunto cabo-emenda com níveis de deslocamentos considerados severos. Os resultados destes ensaios descartaram a possibilidade de que a vibração eólica pudesse ser a causa principal do escorregamento das emendas.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRÉ LUIS PINTO - IFB
Interno - 1523261 - COSME ROBERTO MOREIRA DA SILVA
Interno - 1249764 - JORGE LUIZ DE ALMEIDA FERREIRA
Presidente - 1345908 - JOSE ALEXANDER ARAUJO