INFLUÊNCIA DE DEFEITOS POR INDENTAÇÃO NA VIDA À FADIGA DA LIGA DE ALUMÍNIO AL7075-T6511
Vida à fadiga, pequenos defeitos, indentação, liga de alumínio 7075-&6511, tensão média
Este trabalho investiga a vida à fadiga da liga de alumínio 7075-T6511 na presença de pequenos defeitos por indentação. Os defeitos possuem dimensões de 650 micrômetros de diâmetro e 40 micrômetros de profundidade e foram produzidos com uma máquina de teste de dureza Brinell. Testes de fadiga uniaxiais – totalmente reverso, R= -1, e com razão de carregamento R = 0,1 – e torcionais completamente reversos foram realizados. A liga de alumínio apresentou reduções significativas da vida à fadiga na presença de defeitos: quando submetido a uma amplitude de tensão de 240 MPa (menos da metade da tensão de escoamento), por exemplo, a vida observada foi 30 vezes menor do que a vida do corpo de prova liso, sob programa de carregamento completamente reverso. Quando os corpos de prova foram submetidos a tensões médias, o mesmo padrão de redução de vida foi observado na presença de defeitos por indentação. No caso dos ensaios torcionais, a presença da indentação causou redução na vida à fadiga de até 55 vezes, quando comparados com os resultados obtidos para corpos de prova lisos. Com o intuito de compreender a distribuição de tensões ao redor do defeito por indentação, uma análise elastoplástica via método dos elementos finitos foi realizada, na qual simularam-se a indentação e os ciclos de carregamento. Na simulação, o processo de indentação gerou tensões residuais trativas com magnitudes de até 300 MPa e compressivas de até 545 Mpa, na borda e sob a região indentada, respectivamente. Após o primeiro ciclo de carregamento cíclico, a simulação numérica exibiu uma redução significativa da tensão residual, levando à observação de ciclos essencialmente elásticos nos ciclos de carregamento subsequentes. O parâmetro SWT foi preliminarmente utilizado para estimar a vida à fadiga do material a partir do campo de tensões localmente observados nas simulações numéricas, produzindo uma boa estimativa de vida a partir da curva tensão-vida obtida a partir de ensaios com corpos de prova liso submetidos a carregamentos axiais completamente reversos. Por outro lado, este parâmetro de fadiga não produziu estimativas satisfatórias sob programas de carregamento torcionais, e assim outras propostas de parâmetro de fadiga devem ser investigados.