Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIELA LUNA SOARES DE SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GABRIELA LUNA SOARES DE SOUSA
DATA : 29/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Virtual - Microsoft Teams
TÍTULO:

Efeitos da liraglutida sobre a resposta febril em ratos machos e fêmeas


PALAVRAS-CHAVES:

liraglutida, febre, prostaglandina, GLP-1, termorregulação


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A febre, uma condição clínica frequentemente associada a várias doenças, desempenha papel fundamental nos mecanismos de defesa do organismo. No entanto, sabe-se que anomalias nos mecanismos de termorregulação e alterações significativas na temperatura corporal podem resultar em danos ao indivíduo. Desta forma, é crucial um controle eficaz da temperatura corporal, a fim de evitar variações capazes de causar danos celulares e garantir a manutenção das funções vitais do organismo. A liraglutida é um medicamento utilizado no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. Seu efeito consiste em simular a ação do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) endógeno, estimulando a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas e regulando os níveis de glicose no sangue. Atualmente, pesquisas estão sendo realizadas para explorar potenciais efeitos da liraglutida em diversas outras condições clínicas. Nesse sentido, o presente estudo investiga o papel da liraglutida no controle da temperatura corporal e da febre, com ênfase nos seus mecanismos de ação. Ratos Wistar machos e fêmeas foram anestesiados e submetidos a laparotomia mediana para implantação de registradores de temperatura. Após 7 dias, os ratos receberam a injeção intraperitoneal de lipopolissacarídeo (LPS) para indução de febre e após 1h receberam o tratamento com liraglutida (0,1 a 1 mg/kg, intraperitoneal). A temperatura corporal foi monitorada por até 6h após a injeção de LPS. Em seguida, os animais foram eutanasiados e seus tecidos dissecados e congelados para análises. O tratamento com liraglutida promoveu hipotermia em animais do grupo controle (sem febre) e reduziu a febre tanto em ratos animais machos quanto fêmeas. Além disso, a liraglutida diminuiu a concentração de prostaglandina E2 (PGE2) no hipotálamo de ratos tratados com LPS. Para avaliar os efeitos da liraglutida sobre mediadores pirogênicos produzidos perifericamente, as concentrações de interleucina 6 (IL-6) e de hemoglobina nitrosilada (HbNO) foram avaliadas. Como esperado, o LPS promoveu aumento na produção de HbNO tanto em machos quanto em fêmeas, o que não foi alterado pelo tratamento com liraglutida. Notavelmente, a produção de HbNO induzida por LPS foi maior em ratos machos do que em fêmeas, revelando diferenças entre os sexos. A produção de IL-6 foi avaliada somente em fêmeas até o momento. Verificou-se aumento na produção dessa citocina após a administração de LPS, que foi atenuado pelo tratamento com liraglutida. Entretanto, nos animais controle tratados com liraglutida, mas sem indução de febre, verificou-se aumento inesperado na concentração de IL-6. Os dados obtidos até o momento revelaram um novo efeito terapêutico para a liraglutida, atuando na redução da temperatura corporal. Mais experimentos encontram-se em andamento para elucidar seu mecanismo de ação no controle da febre.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GILBERTO LUCIO BENEDITO DE AQUINO - PF
Externa ao Programa - 1974023 - CARINE ROYER - nullPresidente - 1709601 - FABIANE HIRATSUKA VEIGA DE SOUZA
Interna - 1529483 - MARIA DE FATIMA BORIN
Notícia cadastrada em: 18/12/2023 19:37
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