Banca de QUALIFICAÇÃO: Lucas Fraga Friaca Albuquerque

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Lucas Fraga Friaca Albuquerque
DATA : 24/05/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Virtual - ConferênciaWeb
TÍTULO:

Desenvolvimento, caracterização e avaliação de carreadores lipídicos nanoestruturados contendo ibrutinib para o tratamento tópico de melanoma


PALAVRAS-CHAVES:

Melanoma, ibrutinib, carreadores lipídicos nanoestruturados, permeação cutânea, método bioanalítico


PÁGINAS: 100
RESUMO:

O melanoma é um tumor maligno que se desenvolve a partir de melanócitos, sendo responsável por mais de 80% das mortes associadas a doenças cutâneas. Apesar dos avanços recentes nos tratamentos clínicos disponíveis, a resistência medicamentosa, recidivas e a alta toxicidade dos medicamentos, bem como a escassez de opções de tratamentos tópicos, justificam a busca por novas abordagens terapêuticas. O ibrutinib, um inibidor a tirosina quinase de Bruton, tem sido estudado para tumores sólidos e não-sólidos, porém, seu uso oral está associado a baixa biodisponibilidade oral e reações adversas graves. Este estudo propõe o desenvolvimento de uma formulação dermatológica baseada em carreadores lipídicos nanoestruturados para encapsular o ibrutinib, como uma alternativa eficaz para o tratamento tópico do melanoma. Inicialmente, foi desenvolvido um método analítico por cromatografia líquida de alta eficiência para detecção e quantificação do ibrutinib na presença dos contaminantes da pele. O método proposto demonstrou ser seletivo, sensível, linear, preciso e exato. Além disso, o método apresentou alta capacidade de recuperação do ibrutinib das camadas cutâneas (>89%). Após ensaios de análise térmica diferencial (DTA), análise termogravimétrica (TGA) e ensaio de solubilidade do fármaco em diferentes óleos, dois nanocarreadores distintos foram propostos. O primeiro (CLN 1) utilizou o óleo de semente de romã na composição e apresentou diâmetro médio de 382,2 ± 25,3 nm, PDI de 0,35 ± 0,09 e eficiência de encapsulação de 91,5 ± 0,2%, enquanto o segundo (CLN 2), utilizando ácido oleico, apresentou diâmetro médio de 221,0 ± 2,6 nm, PDI de 0,16 ± 0,03 e eficiência de encapsulação de 96,1 ± 0,7%. Ambos apresentaram pH entre 5,7 e 5,9) e morfologia adequada para aplicação tópica, além de não se mostrar irritante no ensaio de HET-CAM. No entanto, observou-se baixa estabilidade após 15 dias de armazenamento em temperatura ambiente ou sob refrigeração. O perfil de liberação do fármaco mostrou que o CLN 2 retardou a liberação em comparação ao controle, enquanto o CLN 1 não apresentou esse perfil. A avaliação in vitro da permeação cutânea revelou que o CLN 1 aumenta a permeação do ibrutinib em 3 vezes em comparação ao grupo controle e ao CLN 2 nas primeiras horas de exposição da pele às formulações, enquanto o CLN 2 aumentou significativamente a permeação do fármaco após 12 e 24 h de tratamento. A análise espectroscópica de ressonância paramagnética indicou que o CLN 2 aumentou a fluidez dos lipídeos presentes no estrato córneo, o que justifica a melhora da permeação cutânea do ibrutinib em períodos prolongados de exposição. Em resumo, o uso de carreadores lipídicos nanoestruturados, especialmente a formulação CLN 2, apresenta-se como uma alternativa promissora para o tratamento tópico do melanoma.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCOS LUCIANO BRUSCHI - UEM
Presidente - 1880131 - GUILHERME MARTINS GELFUSO
Externa ao Programa - 2932843 - LAISE RODRIGUES DE ANDRADE - nullInterna - 1969280 - TAIS GRATIERI
Notícia cadastrada em: 23/05/2024 10:40
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