Contribuição dos Farmacêuticos no Manejo de Problemas de Saúde Autolimitados: Análise Comparativa e Modelo de Atendimento
“Problemas de Saúde Autolimitados; Cuidado Farmacêutico; Serviços Farmacêuticos; Farmácias”
“Introdução: O farmacêutico desempenha um papel fundamental na promoção da saúde, atuando na orientação sobre o uso responsável de medicamentos e no manejo de Problemas de Saúde Autolimitados (PSAL), que são condições de baixa gravidade. Embora seja o profissional de saúde mais acessível, sua função clínica é frequentemente subestimada, resultando em automedicação inadequada devido à falta de assistência, o que pode acarretar riscos à saúde. Recentes avanços legais no Brasil têm permitido que farmacêuticos prescrevam medicamentos isentos de prescrição (MIPs), refletindo uma valorização da profissão. No entanto, a falta de um modelo sistemático para o manejo desses problemas limita sua eficácia. Este estudo tem o objetivo de analisar as características do serviço de manejo de PSAL realizado por farmacêuticos no Brasil e apresentar um fluxo de atendimento que incentive farmacêuticos a prestar esse serviço de maneira adequada. Métodos: O estudo foi dividido em dois capítulos. O primeiro apresenta uma pesquisa sobre a prática de PSAL em drogarias de rede, independentes, farmácias públicas e magistrais. No segundo, foi desenvolvido um fluxo de atendimento farmacêutico, baseado na literatura e em modelos internacionais, com foco em melhorar a segurança e o conhecimento do farmacêutico na execução desse serviço. Resultados: Apesar das diferenças entre os estabelecimentos farmacêuticos, todos enfrentam barreiras e dificuldades semelhantes na implementação do serviço de manejo de PSAL. No entanto, a maioria deles já oferece algum tipo de atendimento nesse âmbito. É fundamental que empresas privadas incentivem a capacitação clínica dos farmacêuticos, promovendo o uso racional de medicamentos e a educação em autocuidado. Além disso, é crucial que as políticas públicas incluam os farmacêuticos do Sistema Único de Saúde (SUS) para atuarem nessa área, garantindo um atendimento acessível e eficaz para toda a população. Conclusão: Os serviços farmacêuticos no manejo de PSAL já demonstraram benefícios clínicos e financeiros, como a redução da automedicação inadequada e a sobrecarga do sistema de saúde. Embora a estimativa de custos e ressarcimento ainda seja um desafio, é essencial a implementação desses serviços, de forma padronizada, nas farmácias brasileiras para fortalecer o papel do farmacêutico na promoção da saúde.”