COMPLICAÇÕES DE FERIDA OPERATÓRIA EM PACIENTES PÓSBARIÁTRICOS SUBMETIDOS A CIRURGIAS PLÁSTICAS DE CONTORNO CORPORAL: OS DESAFIOS DA CICATRIZAÇÃO
“Cicatrização; Complicações Pós-operatórias; Contorno Corporal; Procedimentos de Cirurgia Plástica”
Introdução A cicatrização se estabelece como um processo final do trauma cirúrgico. O seu adequado manejo, portanto, deve ser almejado. No entanto, trata-se de um processo multifatorial e de difícil controle, culminando na vulnerabilidade a alterações, sobretudo, em populações de risco. Neste contexto, os pacientes pós-bariátricos são mais propensos a complicações pós-operatórias, em destaque, quando submetidos a cirurgias plásticas reparadoras de contorno corporal. Objetivos Avaliar a prevalência das complicações de ferida operatória e suas associações em pacientes pós-bariátricos submetidos a cirurgias plásticas de contorno corporal em um hospital terciário brasileiro. Métodos Estudo analítico, observacional, longitudinal na forma de coorte retrospectiva mediante coleta de dados de prontuário eletrônico, contemplando, conforme critérios de inclusão e de exclusão, os pacientes do Ambulatório de Pós-bariátricos da Cirurgia Plástica do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2023. Resultados Foram, ao todo, 480 procedimentos em 316 pacientes, sendo 19 masculinos e 297 femininos. A média de idade foi de 43 anos. As complicações de ferida operatória, sobretudo infecção ou deiscência de ferida, estão associadas com: peso do retalho abdominal superior a 2000g; cirurgias associadas; anemia e Síndrome Metabólica prévias à cirurgia plástica. Discussão As complicações de ferida operatória nos pacientes pós-bariátricos estão associadas ao perfil clínico antes da cirurgia plástica de contorno corporal. Ademais, são mais suscetíveis a cirurgias em mais de uma topografia anatômica e que requeiram grandes exéreses teciduais. Conclusão É essencial o adequado preparo pré-operatório do paciente pós-bariátrico. Fatores de risco controlados propiciam um desfecho favorável. Doravante, o manejo pós-operatório deve considerar as taxas de complicações para se estabelecer medidas profiláticas e/ou tratamentos efetivos.”