NANOFORMULAÇÃO COMO ESTRATÉGIA PARA REALÇAR O POTENCIAL ANTICÂNCER DO INIBIDOR DE TIROSINA QUINASE IBRUTINIBE EM MODELO IN VITRO DE MELANOMA
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O melanoma cutâneo, embora represente uma pequena parcela dos cânceres de pele, é o tipo mais agressivo e letal, originando-se da transformação maligna dos melanócitos. O tratamento do melanoma varia conforme o estágio da doença e pode incluir remoção cirúrgica do tumor, quimioterapia e imunoterapia. Diante disso, o Ibrutinibe, um inibidor de tirosina quinase, demonstra potencial para o tratamento de tumores sólidos, como o melanoma. No entanto, sua baixa biodisponibilidade e efeitos adversos limitam sua aplicação clínica. Neste estudo, investigamos a utilização de carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN) como estratégia para otimizar a entrega do Ibrutinibe e potencializar sua ação em modelos in vitro de melanoma. Para avaliar a eficácia do CLN + IBR, realizamos ensaios in vitro utilizando as linhagens de melanoma MeWo, SK-MEL-28 e WM164. Avaliamos a citotoxicidade da nanoformulação por meio do ensaio MTT, a proliferação celular pelo ensaio CFSE, a progressão do ciclo celular, a migração celular por wound healing assay e a capacidade de formação de colônias. Além disso, investigamos os mecanismos de ação da CLN + IBR, incluindo a geração de espécies reativas de oxigênio (EROs) por citometria de fluxo, a integridade da membrana mitocondrial utilizando rodamina 123 e danos celulares pela dosagem de LDH. A indução de morte celular foi avaliada por meio dos ensaios de anexina V/PI e pela análise da expressão de genes de morte por PCR em tempo real e da atividade das caspases 3/7. Nossos resultados sugerem que a CLN + IBR potencializa a atividade antitumoral, induzindo morte celular por mecanismos necróticos, observamos inibição da proliferação pelo CFSE, parada no ciclo celular, inibição da migração e formação de colônias das células de melanoma e a formação de poros na membrana plasmática das células de melanoma. Esses achados demonstram o potencial da nanoformulação do Ibrutinibe como uma nova estratégia terapêutica para o tratamento do melanoma, superando as limitações do fármaco livre e abrindo novas perspectivas para o desenvolvimento de terapias mais eficazes.