ESTUDO QUÍMICO E BIOLÓGICO DE UMA AMARYLLIDACEAE DO CERRADO
“Cerrado; Griffinia liboniana; Compostos bioativos; Alcaloides; Conservação da biodiversidade.”
“O Cerrado brasileiro, considerado uma das savanas mais biodiversas do mundo, é um bioma de grande potencial farmacológico. Apesar de sua riqueza, muitas de suas espécies vegetais permanecem inexploradas. Este estudo concentra-se na Griffinia liboniana (Amaryllidaceae), uma planta endêmica do Cerrado, com o objetivo de caracterizar seus compostos químicos e avaliar suas atividades biológicas. A pesquisa busca ampliar o conhecimento sobre essa espécie, destacando seu potencial como fonte de novos protótipos terapêuticos e enfatizando a importância da conservação da biodiversidade. As atividades realizadas incluem a obtenção do perfil cromatográfico dos extratos de folhas e bulbos da planta, seguido do isolamento e purificação de compostos majoritários. Técnicas como cromatografia em camada delgada (CCD) foram empregadas para a análise química detalhada, permitindo identificar alcaloides e outros metabólitos secundários com propriedades bioativas. A pesquisa também avaliou as atividades biológicas dos extratos, como inibição de acetilcolinesterase e ensaio de aglutinação Liss Coombs, além de ensaios de toxicidade com Artemia salina e Allium cepa. Os resultados preliminares revelaram o potencial dos extratos de G. liboniana como inibidores de acetilcolinesterase, indicando aplicações promissoras no tratamento de doenças neurodegenerativas. Além disso, os ensaios de toxicidade sugerem que os extratos tem potencial tóxico relevante. Este estudo também ressalta a necessidade de preservação do Cerrado, um bioma ameaçado pela exploração descontrolada. Apenas uma pequena fração das plantas nativas foi investigada cientificamente, representando uma oportunidade significativa para a descoberta de novos medicamentos. Assim, a pesquisa reforça a relevância científica e econômica do Cerrado, destacando o potencial da Griffinia liboniana como fonte de compostos bioativos. Os achados contribuem para a valorização do bioma e promovem o uso responsável de seus recursos naturais, integrando ciência, conservação e sustentabilidade no avanço da farmacologia e na preservação da biodiversidade global.