Banca de DEFESA: Ingrid de Souza Pessôa

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Ingrid de Souza Pessôa
DATA : 21/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Teams
TÍTULO:

RELAÇÃO ENTRE SENSO DE COERÊNCIA MATERNO E A DOENÇA CÁRIE EM CRIANÇAS DE 04 ANOS: UM ESTUDO TRANSVERSAL ANINHADO A UMA COORTE


PALAVRAS-CHAVES:

“Cárie dentária; Criança; Senso de coerência”


PÁGINAS: 100
RESUMO:

“O senso de coerência (Sense of Coherence - SOC) pode ser considerado uma maneira pessoal e subjetiva de interpretar e lidar com os eventos do cotidiano. De acordo com esse conceito, quanto maior for o SOC do indivíduo, maior seu poder de adaptação ao ambiente e por consequência, maiores são as chances da adoção, por esse indivíduo, de comportamentos de saúde apropriados e positivos. Aaron Antonovsky, autor do conceito, abrange três dimensões de avaliação do SOC: a capacidade de compreensão (comprehensibility), de manejo (manageability) e de significado (meaningfulness) do sujeito. Além de contribuir para o equilíbrio psicoemocional, um SOC mais elevado pode ter reflexos significativos na saúde geral e bucal de adultos e crianças. Assim, o presente estudo teve como objetivo demonstrar uma possível associação entre senso de coerência materno e a experiência de cárie em crianças. Foi realizado um estudo observacional transversal com crianças de 4 anos de idade pertencentes a uma coorte de nascimentos do Hospital Universitário de Brasília (HUB). A variável independente “senso de coerência” foi mensurada através de um questionário de mesmo nome, composto por 13 itens, enquanto a variável dependente “experiência de cárie” foi mensurada utilizando o instrumento Caries Assessment Spectrum and Treatment (CAST). Com o objetivo de controlar o viés de confusão, variáveis como idade e sexo da criança, condição socioeconômica, presença de placa visível e sangramento gengival, frequência diária de escovação, uso de dentifrício fluoretado, acesso à água de abastecimento fluoretada, ingestão diária de açúcar e amamentação exclusiva até 06 meses foram consideradas na pesquisa. Estatística descritiva, bem como modelos de regressão binomial negativa ajustada e não ajustada foram realizados para analisar a relação entre as variáveis. Com base em um grupo inicial de 969 crianças recrutadas para a coorte de nascimento, e atendendo aos critérios de elegibilidade, um total de 254 crianças formou a amostra final do presente estudo. Dentre elas, observou-se uma prevalência de cárie igual a 49,2% (125). O SOC, por sua vez, teve associação significativa com o nível socioeconômico, onde a classe baixa possui SOC mais elevado (p=0,03), entretanto não apresentou associação significativa com presença de cárie (p=0,45), nem com o número de dentes decíduos cariados (p=0,55). Através da análise de regressão binomial negativa, o SOC foi um preditor negativo, mas não foi associado com o número de dentes cariados por criança (β -0,01; RTI 0,98; IC 95% 0,95-1,02; p=0,55), entretanto foi possível identificar que crianças com sangramento gengival têm 1,94 vezes mais dentes cariados do que as crianças que não apresentaram sangramento gengival (IC 95% 1,01-3,71; p=0,04). Conclui-se que o SOC não está associado à experiência de cárie em crianças de 4 anos de idade.”


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIANE CARDOSO - UFSC
Presidente - 1380052 - CARLA MASSIGNAN
Interna - 3273888 - NICOLE AIMEE RODRIGUES JOSE
Externa à Instituição - PATRÍCIA PAULETTO - UDLA - EC
Notícia cadastrada em: 23/05/2024 15:58
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