BMP 9 em Odontologia: Uma Revisão de Escopo
Bone Morphogenetic Protein 9; BMP9; GDF-2; Dentistry; Oral tissue
“INTRODUÇÃO: Fatores de crescimento, como as proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs), desempenham um papel fundamental na regeneração tecidual. O uso clínico da BMP2 é aprovado pela FDA, no entanto, efeitos adversos limitam sua ampla aplicação. A BMP9 apresenta maior potencial osteogênico, menos complicações e maior eficácia com doses mais baixas. Seu uso na odontologia permanece pouco explorado. Esta revisão de escopo tem como objetivo compilar evidências sobre a BMP9 na odontologia, elucidando seu papel nos tecidos orais e contribuindo para o desenvolvimento de terapias regenerativas mais seguras e inovadoras. METODOLOGIA: Esta revisão de escopo foi conduzida de acordo com as diretrizes PRISMA-ScR. Foi realizada uma busca abrangente em oito de dados, além da literatura cinzenta no dia 26 de novembro de 2024, sem restrição de ano, idioma ou país. Os critérios de elegibilidade seguiram o modelo PCC (População: tecidos/células orais; Conceito: BMP9; Contexto: associação entre BMP9 e odontologia). Dois revisores independentes com auxílio de três experts selecionaram os estudos e extraíram dados quantitativos e qualitativos. RESULTADOS: Um total de 930 artigos foram identificados, 49 selecionados por associarem a BMP9 a tecidos ou células orais. A maioria dos estudos era experimental e originários da Ásia. Os tecidos mais frequentemente estudados foram o ligamento periodontal, o osso alveolar e a polpa dentária. As principais funções biológicas investigadas foram a diferenciação osteogênica/odontogênica e a regeneração óssea in vivo. A BMP9 apresentou desempenho superior à BMP2 na maioria dos estudo que compararam ambas diretamente. As principais vias de sinalização envolvidas incluíram MAPK, Smad1/5/8, e Wnt, com efeitos contextualmente dependentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A BMP9 apresenta forte potencial osteo/odontogênico em células orais e mantém sua eficácia em condições inflamatórias, o que é altamente relevante para terapias odontológicas. No entanto, a escassez de evidências in vivo e a ausência de ensaios clínicos ainda limitam sua aplicação translacional.