Banca de DEFESA: Rafaela Sabino e Andrade

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Rafaela Sabino e Andrade
DATA : 30/06/2025
HORA: 08:30
LOCAL: https://meet.google.com/pmy-cyby-zwq
TÍTULO:

Comparação da Condição de Saúde Bucal em Escolares de Escolas Promotoras de Saúde e Escolas sem Programas Específicos: Um Estudo de Avaliação


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde Bucal, Promoção da Saúde, Cárie Dentária, Educação em Saúde Bucal, Escolas, Indicadores de Saúde


PÁGINAS: 100
RESUMO:

“Introdução: A cárie dentária é a condição de saúde mais comum no mundo, afetando bilhões de pessoas, especialmente crianças. No Brasil, embora o índice CPOD tenha melhorado nas últimas décadas, ainda há elevada prevalência de cárie não tratada e fortes desigualdades regionais e sociais. A polarização da cárie reforça a necessidade de ações preventivas direcionadas a populações vulneráveis. Escolas Promotoras de Saúde (EPS), como parte do Programa Saúde na Escola, têm se mostrado estratégias eficazes para promover saúde bucal e reduzir iniquidades. Objetivos: Este estudo tem como objetivo comparar as condições de saúde bucal entre escolares de uma EPS e de uma escola sem ações estruturadas, bem como entre o modelo EPS e o atendimento tradicional do SUS. Métodos: Trata-se de um estudo de intervenção comparativo realizado entre duas escolas públicas do Distrito Federal, uma com implementação do modelo Escola Promotora de Saúde (EPS) e outra sem intervenções, atuando como controle. Participaram 276 crianças de 6 a 11 anos, com consentimento dos responsáveis. Os dados foram coletados por meio de exame clínico padronizado, conduzido por um odontopediatra calibrado, utilizando o índice CPOD e registros complementares como dor bucal, selantes, restaurações e abscessos. Os exames ocorreram nas escolas, seguindo protocolos de biossegurança. A análise foi realizada no software Stata 17.0, com dupla digitação e uso do testes quiquadrado de Pearson, exato de Fisher e t de Student. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e seguiu os princípios da Declaração de Helsinque. Resultados: Este estudo avaliou o impacto de um programa de promoção da saúde bucal em escolares de duas instituições do Distrito Federal, nos anos de 2021 e 2022. Foram comparados indicadores de saúde bucal entre o grupo Intervenção (escola com programa) e o grupo Controle (sem intervenção), utilizando análises descritivas e modelos de regressão. Em 2021, participaram 457 crianças: 230 no grupo Controle e 227 no grupo Intervenção. A idade média foi maior no grupo Intervenção (p < 0,001), o que justificou controle estatístico posterior. A prevalência de cárie em dentes decíduos foi semelhante entre os grupos (~50%), sem diferença significativa. A média de dentes cariados entre os que tinham cárie também não diferiu entre os grupos. A autoavaliação de saúde bucal foi positiva para a maioria das crianças, sem diferença estatística relevante. Em 2022, 276 crianças participaram (124 Controle; 152 Intervenção). A prevalência de cárie em dentes decíduos foi significativamente menor no grupo Intervenção (15,8%) em comparação ao Controle (73,3%), com p < 0,001. A média de dentes cariados também foi menor no grupo Intervenção (0,51 vs. 2,31; p < 0,001). A autoavaliação da saúde bucal foi melhor no grupo Intervenção (75% avaliaram como boa vs. 52,5% no Controle; p < 0,001). Modelos de regressão reforçaram esses achados. Em 2021, a idade foi negativamente associada ao número de dentes cariados, mas o tipo de escola não foi significativo. Em 2022, o grupo Intervenção apresentou uma redução de ~76% na incidência de dentes cariados em dentes decíduos (IRR=0,24; p<0,001), e 87% menor chance de presença de cárie (OR=0,13; p<0,001). Para o índice CPO-D, houve redução significativa de ~29% no grupo Intervenção (IRR=0,71; p=0,001). Conclusão: Pode-se concluir que a implementação do modelo de Escola Promotora de Saúde teve impacto positivo na saúde bucal dos escolares, especialmente em 2022, com redução significativa na prevalência e severidade da cárie dentária. Além disso, observou-se melhora na autoavaliação da saúde bucal pelas crianças do grupo intervenção. Esses achados reforçam a eficácia de estratégias intersetoriais e contínuas de promoção da saúde no ambiente escolar como ferramenta essencial para a redução das iniquidades em saúde bucal infantil.”


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.520.020-** - VANESSA POLINA PEREIRA DA COSTA - UFPel
Interna - ***.510.191-** - NICOLE AIMEE RODRIGUES JOSE - UnB
Externo ao Programa - 1377820 - GILBERTO ALFREDO PUCCA JUNIOR - UnBExterna à Instituição - BRUNA LORENA PEREIRA MORO - MANDIC
Externa à Instituição - DANIELA ABREU DE MORAES - UDF
Notícia cadastrada em: 26/06/2025 09:28
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