"Lesõesem cavidade oral durante a hospitalização por covid 19, uma revisão sistemática"
"Coronavirus,ManifestaçõesOrais, Pacientes Hospitalizados"
"coronavírus, popularmente conhecido como COVID-19, instaurou uma crise global desafiadora nos sistemas de saúde. A maioria dos casos são assintomáticos ou desencadeiam sintomas leves, como uma leve gripe, mas respostas mais severas podem ser desenvolvidas, como uma pneumonia fulminante. Durante a pandemia de COVID-19, as severas complicações de saúde provocadas pelo SARS-CoV-2, acarretaram no aumento do tempo de internação do paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de um aumento no tipo e na quantidade de manifestacões orais já encontradas em ambiente hospitalar. Muitos sintomas orais relacionados com a COVID-19 já foram descritos na literatura porém, há uma escassez quanto aos sinais orais desencadeados por essa infecção. O objetivo dessa Revisão Sistemática é avaliar a prevalência de lesões de cavidade oral em pacientes adultos diagnosticados com COVID-19 hospitalizados na enfermaria ou na UTI. Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases PUBMED/Medline, Embase, LILACS, Web of Science, Scopus, Livivo, Google Scholar, Open Grey e Proquest, além de uma busca manual da lista de referência dos estudos incluídos. Para a pesquisa dos estudos foi utilizada uma combinação de descritores e termos livres para “coronavirus”, “manifestações orais” e “pacientes hospitalizados”. Para seleção e administração das referências foram utilizados os aplicativos EndNoteBasic® e Rayyan. Foram selecionados estudos publicados entre 2020 e 2022 (período correspondente à pandemia), que incluíam obrigatoriamente pacientes adultos, maiores de 18 anos, com diagnóstico de COVID-19, internados em enfermaria ou em UTI, que apresentassem lesões orais. A qualidade metodológica foi analisada por meio das ferramentas do manual do Instituto Joana Briggs (JBI). Os dados extraídos foram organizados em tabelas, sendo realizada uma rigorosa síntese narrativa. Resultados: Foram encontrados no total 3.952 estudos, restando 79 para a leitura completa, e foram incluídos 24 estudos, sendo: seis relatos de casos, quatro séries de casos, três estudos de coorte, dez estudos transversais e um caso controle, desenvolvidos em dez países, sendo um único estudo sem relato do país de realização. Na maioria dos estudos o tipo de teste utilizado para o diagnóstico da COVID-19 foi relatado, assim como o tipo de ventilação utilizada pelo paciente durante a internação. Todos os 24 estudos relataram a localização e os tipos das lesões, assim a prevalência decrescente dos tipos de lesões são candidose (11,42%), seguida de lesões ulceradas inespecíficas (9,5%), sangramento oral inespecífico (4,30%) e lesões virais (2,70%). Já a localização das lesões está descrita como lábios, língua, palato e gengiva. Conclusão: Pacientes internados em ambiente hospitalar desenvolvem lesões em cavidade oral, assim como pacientes diagnosticados com COVID-19, sendo a lesão fúngica a mais prevalente tanto em pacientes hospitalares quanto em pacientes diagnosticados com COVID-19. No entanto, um alto nível de heterogeneidade dos estudos e das metodologias aplicadas, assim como a falta de padronização do local e dos tipos das lesões, limitou a comparação dos resultados e dos desfechos. Assim, existe a necessidade de estudos mais padronizados, que portanto, permitam a análise comparativa.”