"RELAÇÃO DO FRÊNULO LINGUAL COM ALEITAMENTO MATERNO, DESENVOLVIMENTO DA FALA E DA OCLUSÃO DENTÁRIA - ESTUDO DE COORTE"
"freio lingual, fala, aleitamento materno, oclusão dentária; crianças pré-escolares"
"O freio lingual é uma estrutura anatômica que se localiza na face inferior da língua e se apresenta como uma pequena prega de membrana mucosa que conecta a língua com o assoalho bucal. Quando um freio lingual se apresenta curto e aderido ao assoalho bucal os movimentos da língua ficam comprometidos, o que pode prejudicar a sucção, fala, mastigação e deglutição. Não se tem conhecimento na literatura de estudos que avaliem a repercussão de um freio lingual alterado a longo prazo na manutenção do aleitamento materno, bem como no desenvolvimento da fala. Assim, esse estudo tem como objetivo verificar se a presença de freio lingual alterado exerce influência na manutenção da amamentação até os 2 anos de idade e desenvolvimento da fala aos 4 anos em crianças de uma coorte de nascidos vivos que realizaram exame para avaliação do frênulo lingual como parte da triagem neonatal. Ao nascimento e nas consultas de reteste, foram aplicados os instrumentos “Protocolo de Avaliação do Frênulo Lingual - PAFL” (Martinelli, 2016) e o “Bristol Tongue Assessment Tool – BTAT” (Bristol, 2015) e os bebês que precisaram de frenotomia e os pais autorizaram receber o tratamento. As crianças foram divididas em 3 grupos, classificadas de acordo com o diagnóstico que receberam ao nascimento e/ou no reteste: Grupo 1 (controle) - frênulo lingual normal; Grupo 2 - frênulo lingual alterado que não receberam tratamento; e Grupo 3 - frênulo lingual alterado que receberam tratamento. Inicialmente, as crianças realizaram a consulta odontológica e depois da anamnese e exame clínico e observados os critérios de exclusão, foram agendadas consultas com fonoaudiólogas que realizaram o exame de fala utilizando os protocolos ABFW (Wetzner, 2004), Hage (Hage, 2009) e Marchesan (Marchesan et al, 2010). Foi avaliado o tempo de amamentação exclusivo e total de cada criança. Os dados foram tabulados em planilha Excel e transferidos para o programa Stata versão 12.0 e realizados testes estatísticos."