"CARACTERIZAÇÃO DE CASOS E ÓBITOS DE MENINGITE PNEUMOCÓCICA E IMPACTO DA VACINA PNEUMOCÓCICA CONJUGADA 10-VALENTE NO BRASIL, 2007 A 2019"
“Streptococcus pneumoniae; Meningite Pneumocócica; Vacinas Pneumocócicas”
“Introdução: Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de Meningite Pneumocócica (MP) nos períodos pré e pós-implantação da vacina pneumocócica 10-valente (Conjugada) (PCV-10) no Brasil. Métodos: Foi realizado estudo descritivo dos casos de MP registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) entre 2007-2019. Excluiu-se o ano 2010, (ano de introdução da PCV-10). Os seguintes períodos foram definidos: pré-vacinal (2007-2019) e o pós-vacinal (2011 a 2013), (2014 a 2016) (2017 a 2019). Resultados: No Brasil, houve 12.105 casos de MP entre 2007-2009 (n=3.158; 26,1%), 2011-2013 (n= 3.246; 26,8%), 2014-2016 (n= 2.709; 22,4%) e 2017-2019 (n= 2.992;24,7%). Houve predomínio do sexo masculino no período analisado. Observou-se redução de casos em crianças < 01 ano de idade, nos três triênios pós-vacina (11,5%, 10,6% e 8,2%, respectivamente). Na faixa etária ≥ 60 anos de idade, a proporção de casos correspondia a 9,4% antes da vacinação. Nos três triênios pós-vacinação, correspondeu a 13,4%, 16,4% e 19,7%, respectivamente. Nestas faixas etárias, foram observadas mudanças semelhante em relação aos óbitos. A taxa letalidade foi de aproximadamente 29,0%, mesmo após a introdução da vacina. No período pré e pós-vacinal, houve casos nas 27 Unidades Federativas (UF), concentrando-se no Sudeste (60,9%), e nessa região foi registrado aumento na média do número de casos nos três períodos pós-vacinal (n=1.870) em relação ao período pré-vacinal (n=1.764). Conclusão: Ocorreram mudanças na distribuição da faixa etária após o uso da PCV-10 e leve aumento de casos no Sudeste, sugerindo que a coberturas vacinais e os sorotipos não contemplados na vacina possam estar associados a esse fato.”