USO DA MELATONINA NA PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES BOVINOS
antioxidante; estresse oxidativo; qualidade embrionária; epigenética
Este estudo avaliou os efeitos da melatonina na produção in vitro de embriões bovinos (PIVE), analisando seu impacto no desenvolvimento embrionário, estresse oxidativo, metabolismo lipídico, atividade mitocondrial, expressão gênica, metilação de DNA em regiões repetitivas (Satellite I e LINE-1) e criotolerância. Quatro grupos experimentais foram comparados: Controle (sem melatonina), melatonina na maturação (MIV + Mlt), no cultivo (CIV + Mlt) ou em ambos (IVM/CIV + Mlt). A melatonina melhorou significativamente a taxa de blastocisto no D7, acelerou a cinética de desenvolvimento, reduziu os níveis de EROs e lipídios intracelulares, e aumentou a atividade mitocondrial, especialmente no grupo CIV + Mlt. A expressão gênica indicou modulação de genes antioxidantes (SOD1, GSS, CAT) e epigenéticos (TET1, TET3, DNMT3A), embora não tenham sido observadas alterações significativas em genes relacionados ao metabolismo lipídico. As análises de metilação revelaram um padrão de hipometilação mais acentuado nas regiões repetitivas nos grupos tratados com melatonina. Apesar das melhorias na qualidade embrionária, a criotolerância não foi significativamente alterada. Conclui-se que a melatonina exerce efeitos multifatoriais positivos, sendo mais eficaz quando suplementada durante o cultivo, promovendo embriões de melhor qualidade e com maior potencial biotecnológico.