Política social esportiva: salvadora, protetora ou gestora da pobreza?
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Em nosso percurso teórico, investigativo e de reflexão, elegemos como objeto de pesquisa as políticas sociais esportivas, buscando, a partir da atuação focalizada de seus programas sociais nos aspectos territoriais, de exclusão social e de violência, materializadas nas expressões risco social, vulnerabilidade social, inclusão social e combate às drogas e a criminalidade, investigar os determinantes fundamentadores dessas expressões que hegemonizaram essas políticas como ponto de partida para desnudar aspectos da política social esportiva e suas especificidades ao assumir certos valores e potencial transformador da realidade junto a populações imersas em diversos problemas sociais. Nesse contexto, objetivamos analisar a configuração, abrangência e os determinantes políticos-ideológicos da política social esportiva no Brasil e suas funções sociais no período pós-Constituição Federal de 1988, em particular no período que se estende entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Bolsonaro. Em termos metodológicos, nossa pesquisa incorpora a abordagem materialista histórico-dialética, tendo nas categorias gramscianas da hegemonia e da integração os elementos para a análise política e científica. Quanto ao delineamento, este exame possui natureza qualitativa e caracteriza-se como uma pesquisa social do tipo exploratória, dispondo, para tal, das técnicas de pesquisa bibliográfica, documental e de revisão sistemática. Nosso suposto considera a hegemonia neoliberal o determinante central das políticas sociais esportivas, cuja função social se insere numa lógica de gestão da pobreza e controle da violência.