Lukács, a reprodução social e as determinações do lazer no capitalismo tardio
Lukács; Ontologia do Ser Social; Reprodução Social; Capitalismo Tardio; Lazer.
Esta tese propõe uma investigação estruturada a partir do complexo da reprodução social, apresentada por Gyorgy Lukács em seu texto de maturidade intitulado a Ontologia do Ser Social II, na medida em que ele nos oferece elementos que nos auxiliam a entender não só o capitalismo contemporâneo, como a própria dinâmica dos seus complexos sociais parciais, tais como o lazer. A partir desse pilar, o estudo, de matiz teórica materialista histórico-dialética e constituído segundo uma abordagem qualitativa assentada na pesquisa bibliográfica e documental, se estende para o exame do capitalismo em seu estágio imperialista e tardio, apontando, especialmente, alguns dos seus aspectos econômicos, sociais, políticos e ideológicos. Em seguida, a pesquisa trata dos conceitos de modo de produção e classes sociais, para, a partir de tais elementos, bem como da perspectiva da reprodução social citada anteriormente, discutir o lazer, historicizando-o e identificando as suas determinações no estágio contemporâneo, que se expressam, a título de exemplo, na hegemonia de sua forma mercadoria e no fetichismo que lhe impregna. Nesta parte do texto são apresentadas, de igual maneira, algumas notas introdutórias sobre as possiblidades emancipatórias do lazer, a concretude do que poderíamos considerar um contexto de plena liberdade e, por fim, as diferenças entre o ócio de tempos idos da história da humanidade e o lazer contemporâneo. Concluindo o estudo, também segundo Lukács, discute-se o complexo da alienação e realizam-se alguns apontamentos sobre a sua expressão no complexo do lazer.