A formação/produção do ativo jogador de futebol: meninos que “vendem” suas pernas
Indústria futebolística; Força de Trabalho; Microeconomia.
O estudo objetiva desenvolver e explicar o processo geral de trabalho na produção/formação do ativo jogador de futebol brasileiro e seus excedentes, bem como a repercussão deles dentro da indústria da modalidade. Entendendo que a simples observação contemplativa de tal fenômeno é insuficiente para compreendê-lo; entende-se por necessário realizar o debate considerando algumas categorias norteadoras, a saber: dupla carreira (esportiva e escolar), indústria do futebol, planta produtiva futebolística, economia política do esporte, ativo intangível, força de trabalho, classe trabalhadora e proprietária e microeconomia. Aditivamente, a investigação será explicativa, quantitativa-qualitativa, apoiando-se quanto ao procedimento técnico no levantamento documental de fontes primárias e/ou secundárias, como também em pesquisas bibliográficas. A pergunta norteadora do texto se imbrica no entendimento de quais determinantes atuam na produção/formação do ativo jogador brasileiro no mercado mundializado da bola? Para respondê-la partimos de três supostos: o primeiro de que a ausência de políticas na educação básica interfere na relação entre a profissionalização no futebol, a escolarização dos trabalhadores e sua precarização no mundo do trabalho (S1). Já o segundo tenciona o entendimento de que os atletas mais valorizados da modalidade podem ser excluídos do conceito de classe-que-vive-do-trabalho (S2). Por fim, a problematização que a mais-valia produzida por dentro e por fora da modalidade é apropriada via renda, análoga à fundiária, tanto pelos atletas de elite como pelos conglomerados mediáticos (S3).