VARIABILIDADE DA PRESSÃO ARTERIAL BATIMENTO A BATIMENTO APÓS UMA SESSÃO DE TREINAMENTO ISOMÉTRICO DE PREENSÃO MANUAL
Variabilidade da PA, treinamento isométrico, pressão arterial.
A variabilidade da pressão arterial (VPA) batimento-a-batimento é um poderoso preditor de risco mortalidade cardiovascular e lesões em órgãos-alvos. O treinamento isométrico de preensão manual (TIPM) tem sido recomendado como uma importante estratégia terapêutica não-farmacológica para a melhoria do controle neural da pressão arterial. Entretanto, ainda não é conhecido o efeito agudo de TIPM na variabilidade hemodinâmica batimento-a-batimento, e se esse efeito é sexo-dependente. Considerando isso, o objetivo do presente estudo foi de determinar o efeito agudo de uma sessão de TIPM na variabilidade da pressão arterial batimento-a-batimento em homens e mulheres saudáveis. Trinta indivíduos (15 mulheres) realizaram aleatoriamente quatro séries de TIPM, com duração de 2 minutos (2x cada membro) a 30% (Exp) ou 3% (sham) da contração voluntária máxima. A pressão arterial batimento-a-batimento foi mensurada por meio da fotopletismografia, antes e 10 e 20 minutos após o TIPM. O desvio padrão (DP) foi usado como índice de variabilidade da pressão arterial. O TIPM diminuiu significativamente a VPA sistólica (Δ-1,02±0,55 vs. Δ0,47±0,43 mmHg), diastólica (Δ-0,63±0,25 vs. Δ0,38±0,31 mmHg), média (Δ-0,60±0,36 vs. Δ0,35±0,34 mmHg), débito cardíaco (Δ-0,07±0,07 vs. Δ0,13±0,07 mL.min-1), e resistência vascular periférica (Δ-0,40±0,32 vs. Δ-0,13±0,14 mL.min-1) nas mulheres (P<0,05) em comparação com os homens no momento 10-minutos de recuperação. Adicionalmente, os mesmos resultados foram observados no momento 20 minutos após TIPM. Em conclusão, o efeito agudo de uma sessão de treinamento isométrico de pressão manual é sexo-dependente, caracterizado por uma maior responsividade nas mulheres.