Banca de DEFESA: FABIANA MEDEIROS DE ALMEIDA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIANA MEDEIROS DE ALMEIDA SILVA
DATA : 20/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Ambiente virtual Teams
TÍTULO:

RASTREAMENTO DO RISCO DE FRAGILIZAÇÃO E FATORES ASSOCIADOS ENTRE PESSOAS IDOSAS DA COMUNIDADE DURANTE A PANDEMIA POR COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Epidemiologia. Estado Funcional. Exercício Físico. Distanciamento físico. Envelhecimento.


PÁGINAS: 206
RESUMO:

A fragilidade é uma síndrome geriátrica, de caráter multifatorial, caracterizada pelo declínio cumulativo dos sistemas fisiológicos, que resulta em diminuição das reservas de energia e da resistência do indivíduo a fatores estressores. Determinantes sociais como nível socioeconômico e estilo de vida destacam-se como predisponentes do declínio funcional, que favorece o desenvolvimento de outras incapacidades, podendo resultar em fragilidade, institucionalização, hospitalização e morte. Este estudo objetivou analisar a distribuição espacial do risco de fragilização e dos fatores associados entre pessoas idosas da comunidade, durante a pandemia por covid-19. Foi realizada uma pesquisa epidemiológica, do tipo screening, com delineamento transversal e amostra representativa do Distrito Federal, Brasil. Os dados foram coletados através de um questionário eletrônico. Como o objetivo de responder à questão problema, foi utilizado o instrumento Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional - IVCF-20 (com risco ≥7 pontos), complementado por questões sobre fatores demográficos (idade e sexo), socioeconômicos (renda, escolaridade e arranjo familiar) e comportamentados de risco à saúde (atividade física e exercício físico antes e durante o distanciamento físico decorrente da pandemia por covid-19). Para determinar a prevalência do risco de fragilização e dos comportamentos de risco à saúde utilizou-se procedimentos descritivos (distribuição de frequência e intervalo de confiança) e para identificar a associação do risco de fragilização com comportamentos de risco à saúde, utilizou-se a análise multivariada com regressão logística bruta e ajustada, adotando-se o nível de significância p≤0,05. Na análise do padrão de distribuição espacial do risco de fragilização e de comportamentos de risco à saúde associados, utilizou-se análise de associação bivariada (teste do qui-quadrado das variáveis de interesse, estratificadas por renda do local de residência, adotando-se o nível de significância p≤0,05) e técnicas de geoprocessamento no software QGis 3.28.9, resultando em 4 mapas de localização das áreas de concentração do risco de fragilização, do nível insuficiente de atividade física, de não ter praticado exercício físico antes da pandemia e não ter praticado exercício físico durante o distanciamento físico decorrente da pandemia). A amostra foi constituída por 1.363 pessoas idosas (66,0%=feminino; 34,0%=masculino), sendo a maioria com idade entre 60 e 74 anos (82,2%), que residiam em regiões de alta renda (61%), com nível superior de escolaridade (50,1%) e que não moravam sozinhas (76,6%). Verificou-se alta prevalência de pessoas idosas expostas ao risco de fragilização (30,7%;IC95%=26,3-35,1), insuficientemente ativas (45,6%;IC95%=41,7-49,5) e que não praticavam exercícios físicos antes (30,2%;IC95%=25,8-34,6) e durante o distanciamento físico decorrente da pandemia por covid-19 (53,4%; IC95%=49,8-57,0), sendo mais elevada, para todas as variávies, nas regiões de baixa renda quando comparadas aos seus pares (p<0,001). A prevalência do risco de fragilização associou-se ao nível insuficiente de atividade física (OR=3,37; IC95% 2,59-4,39) e a não praticar exercícios físicos antes (OR=1,54; IC95% 1,17-2,03) e durante o distanciamento físico (OR=2,07; IC95% 1,58-2,69). Conclui-se que a prevalência do risco de fragilização na amostra investigada mostrou-se elevada, sendo associada ao nível insuficiente de atividade física e à ausência de exercícios físicos. A análise espacial permitiu conhecer a distribuição do risco de fragilização e dos comportamentos de risco à saúde associados, sendo verificada maior concentração nas regiões de baixa renda em comparação as de alta renda. Os resultados apontam a necessidade de intervenções de saúde para impedir a fragilização em pessoas idosas, que foram expostas ao distanciamento físico decorrente da pandemia por covid-19, destacando a importância de disponibilizar a promoção da atividade física, os cuidados de saúde e a educação em saúde para todos os estratos da sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIA JOÃO GUARDADO MOREIRA - IPCB
Externo à Instituição - JAIR SINDRA VIRTUOSO JÚNIOR - UFTM
Externa ao Programa - 1144924 - LEIDES BARROSO DE AZEVEDO MOURA - UnBInterna - 1998953 - LIDIA MARA AGUIAR BEZERRA DE MELO
Presidente - 1170719 - MARISETE PERALTA SAFONS
Notícia cadastrada em: 17/10/2023 17:50
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