PSICOANÁLISIS: ENTRE EL AMOR, DESEO Y TRABAJO. UN ESTUDIO SOBRE LA COTIDIANIDAD DE LOS PSICOANALISTAS.
Psicanálise, marxismo, subjetividade, trabalho, capitalismo, desejo, prática clínica.
Esta tese investigou as relações entre psicanálise, trabalho, amor e desejo a partir de um diálogo entre as perspectivas freudiana e marxista, desenvolvida em quatro etapas. Na primeira etapa, realizou-se uma revisão bibliográfica crítica sobre a articulação entre trabalho, amor e desejo na contemporaneidade, fundamentada em Marx, Engels e Freud. Na segunda etapa, elaborou-se e aplicou-se uma entrevista semiestruturada a psicanalistas de diferentes orientações, explorando como amor, trabalho e desejo se manifestam em sua prática clínica. Na terceira etapa, conduziram-se 17 entrevistas (8 com membros da IPA e 9 da Escola Internacional de Fóruns do Campo Lacaniano), analisadas mediante três eixos centrais: a experiência do analisando, o ofício do analista e o contexto histórico — com subcategorias em processo de refinamento. Por fim, a quarta etapa gerou conclusões que visam fomentar uma reflexão crítica e criativa sobre o fazer psicanalítico atual. O estudo destacou a potência do diálogo entre marxismo e psicanálise para analisar — e transformar — a subjetividade sob o capitalismo, retomando a tese marxista de que se trata não apenas de interpretar o mundo, mas de modificá-lo. A amostra incluiu analistas da Europa e da América Latina (com entrevistas em inglês, espanhol e português), embora não tenha sido possível contatar membros da AMP (Associação Mundial de Psicanálise). O instrumento metodológico, inspirado na abordagem freudiana, privilegiou narrativas experienciais em detrimento de abstrações teóricas. Os resultados evidenciaram a complexidade da prática analítica e seu potencial para contestar imperativos sociais, propondo formas de resistência ancoradas no desejo e no amor.