Tradução, adaptação e estudo preliminar das propriedades psicométricas da Interpersonal Generosity Scale
Bem-Estar Subjetivo; Generosidade Interpessoal; Adaptação de instrumento; Psicometria.
O objetivo geral desta dissertação foi adaptar a Interpersonal Generosity Scale (IGS) ao contexto brasileiro e obter evidências iniciais de validade e fidedignidade da escala adaptada. A versão original da IGS consiste de 26 itens, dos quais 14 formulados de forma positiva e 12 de forma negativa. A IGS foi desenvolvida para medir o construto de generosidade interpessoal que é o grau em que as pessoas se envolvem em atividades que buscam melhorar o bem-estar dos outros. A dissertação existe de dois estudos. No primeiro foi realizada a adaptação da IGS seguindo as etapas de tradução, síntese, avaliação por experts e tradução reversa. A escala traduzida para português foi nomeada a Escala de Generosidade Interpessoal (EGI). No segundo estudo foram obtidas evidências de validade e fidedignidade da EGI em uma amostra composta por 305 sujeitos brasileiros (69% feminino), com média de idade de 34,7 anos (DP = 11,8). A EGI foi aplicada nesta amostra junto com a Escala de Satisfação de Vida (ESV), a Escala de Afetos Positivos e Negativos (EAPAN) e a Escala Reduzida de Cinco Grandes Fatores de Personalidade (ER5FP) e um questionário de variáveis sociodemográficas. Com base nos resultados de análise fatorial exploratória a EGI foi reduzida de 26 para 15 itens. O coeficiente de fidedignidade lambda 2 de Guttman da EGI reduzida foi de 0,87. Evidências de validade da EGI foram obtidas através de correlações significativas e positivas (0,21 > r < 0,35) com vários indicadores de bem-estar. A correlação com o indicador Afetos Positiva da EAPAN foi a mais elevada. Evidências de validade adicionais da EGI foram obtidas com base das correlações positivas e significativas (0,17 > r < 0,49) com as cinco fatores da ER5FP (extroversão, conscienciosidade, amabilidade, estabilidade emocional e abertura para novas experiências). Como esperado, a correlação entre a EGI e o fator amabilidade da ER5FP foi a mais alta. Na predição de bem-estar usando regressão linear múltipla a generosidade interpessoal entrou como preditor significativo mesmo depois da entrada das variáveis: rendimento, religião e quatro dos cinco fatores de personalidade. O valor preditivo adicional da EGI na predição do bem-estar dá mais um indicativo da validade do instrumento adaptado. Os resultados da pesquisa fornecem evidências iniciais satisfatórias da validade fidedignidade da EGI.