Aprendizagem e Desenvolvimento Profissional em Mediação e Conciliação Judiciais
aprendizagem formal e informal, estratégias de aprendizagem no trabalho, treinamento e desenvolvimento, desenvolvimento profissional, mediação e conciliação judicial
O respeito aos direitos humanos e a paz social dependem parcialmente de uma eficiente resolução de litígios, o que pode não ocorrer quando há um volume crescente de processos judiciais. Para enfrentá-lo, existem opções autocompositivas – apoiadas em mediadores ou conciliadores judiciais capacitados. Hipotetizou-se que o desenvolvimento profissional (DP) dessas pessoas está positivamente associado a singularidades formais e informais de aprendizagem. Participaram da pesquisa egressos de cursos de formação em mediação e conciliação judiciais, que responderam perguntas sobre variáveis demográficas e três escalas de medida referentes ao impacto desses cursos e a como seus egressos utilizam estratégias para aprender enquanto atuam e a sua percepção de DP. Evidências de validade foram verificadas para essas escalas. As de impacto e de DP são unifatoriais e a de estratégias tem dois fatores, relativos às buscas de ajuda externa (social, com pares) e interna (cognitiva e solitária). Análises de Regressão Múltipla não foram significativas para a variável critério Percepção Evolutiva do Desenvolvimento Profissional (PEDP); mas o foram com os escores de Percepção de “Preparo atual” da mesma escala. Essa percepção é predita por escolaridade, sexo, tempo após o curso e seu impacto e estratégias de aprendizagem de busca de ajuda interna. Ofereceram-se contribuições teóricas, metodológicas e subsídios para decisões sobre o desenvolvimento de competências visando à melhoria na qualidade dos serviços realizados. Essas decisões devem considerar que a aprendizagem que apoia essa qualidade não está somente baseada no curso obrigatório inicial. Ela ocorre e deve ser promovida durante a subsequente atuação de seus egressos.