Banca de DEFESA: Solange Lopes da Silva

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Solange Lopes da Silva
DATA : 14/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Disponível em: www.psto.com.br/defesas
TÍTULO:

Ensurdecimento das Vozes do Supereu na Clínica Lacaniana do Trabalho


PALAVRAS-CHAVES:

Trabalho; Psicopatologia; Vozes do Supereu; Discurso Capitalista; Clínica.


PÁGINAS: 172
RESUMO:

Considerando-se negligenciamento da relação trabalho e adoecimento no Brasil, o referencial da Psicopatologia Clínica do Trabalho tem sido pioneiro, tanto em termos de um modelo explicativo, quanto de possibilidade de tratamento. Não obstante, seus pressupostos e dispositivos carecem de aprofundamento e análise. Tal modelo parte da historicização da categoria trabalho no Brasil e explica o adoecimento introduzindo as vozes do supereu enquanto representação do discurso capitalista, analisando suas repercussões sobre a dinâmica invocante nas relações de trabalho. Enquanto proposta de tratamento, usa os dispositivos da clínica lacaniana e aposta no trabalho de ensurdecimento das vozes do supereu, possível através da fala e da escuta. A presente pesquisa teve por objetivo analisar o ensurdecimento das vozes do supereu em uma clínica lacaniana do trabalho, contribuindo para o aprofundamento teórico e metodológico do modelo em questão. Optou-se pelo estudo de um caso atendido no projeto Clínica Lacaniana do Trabalho. Fez-se recorte longitudinal do mesmo, utilizando-se análise documental dos registros de sessão e observação-participante da supervisão. A apresentação e a análise dos dados foram feitas em três eixos, considerando-se orientações para escrita e apresentação de estudos de casos disponibilizadas na literatura e no próprio modelo. O estudo apontou como voz do supereu diretamente articulada ao adoecimento, a injunção “cale-se, trabalhe e goze”, tendo indicado ainda pistas da sua anterioridade social, por meio do discurso sobre atividade profissional que atravessava as histórias de vida e trabalho da paciente. Por sua vez, a análise dos dispositivos e do percurso clínico apontou como bússola possível para o trabalho de ensurdecimento: falar, trabalhar, desejar. Assim sendo, defende-se que o ensurdecimento se faz possível à medida em que a fala do sujeito do inconsciente pode comparecer e, tomada como tal pelo clínico na sua escuta, faz-se possível o trabalho vivo – confronto com o real da castração - a partir do qual, o desejo pode comparecer. Considerando-se as limitações da presente pesquisa, outros estudos podem ser realizados a partir das questões suscitadas e das proposições feitas, no que pode ser interessante, o uso do método psicanalítico na sua radicalidade.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - GRAZIELE ALVES AMARAL - UFJ
Externo à Instituição - JEAN-MICHEL VIVÈS - COTEDAZUR-FR
Presidente - 1133825 - ANA MAGNOLIA BEZERRA MENDES
Interno - 1802153 - EMILIO PERES FACAS
Externo à Instituição - João Batista de Oliveira Ferreira - UFRJ
Notícia cadastrada em: 13/09/2023 15:25
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