Anistia(s): ditos e interditos.
Anistia; Ditadura de 1964. Discursos; Genealogia do Poder.
A presente pesquisa se propõe a aplicar o método genealógico de Foucault na busca por discursos sujeitados sobre a última anistia brasileira. Nesta esteira, compreender que a história real da anistia, alusiva ao regime ditatorial de 1964, demonstra que muitas relações de força foram travadas naquele contexto, as quais, por sua fez, fizeram emergir discursos diversos em torno da questão, que repercutiram no modelo consagrado de anistia pela Lei 6.683/79. Em seus acontecimentos, alguns discursos ganharam predominância, enquanto outros foram soterrados e invisibilizados. Neste contexto, a pesquisa se propõe a investigar quais discursos foram soterrados, o que significa descortinar as relações de força que ocasionaram esse efeito. Na introdução, busca-se demonstrar o contexto histórico da época a partir da efervescência de discursos sobre a anistia vindo de diversos atores. Depois de explicar em que consiste o método genealógico, a pesquisa demonstra a tônica do discurso hegemônico em torno da anistia, bem como as relações de força que os alçaram a este status. Por outro lado, na sequência, a pesquisa a pesquisa investiga os efeitos das relações de força no processo de soterramento de discursos contra-hegemômicos, uma genealogia do poder sobre os discursos sujeitados. Por fim, a pesquisa revela o quando de relações de força ainda presentes e seus efeitos sobre os discursos sobre anistia. Com isso, a pesquisa promove reflexões sobre o cenário atual, que ainda tenciona forças em torno dos sentidos da anistia.